O chefe de Gabinete da Argentina, Aníbal Fernández, fez nesta quarta-feira (22/10) críticas à SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) a qual acusou de defender os interesses das empresas e não a liberdade de imprensa.
“A SIP fez de sua tão lembrada defesa da liberdade de imprensa uma clara defesa da liberdade de empresas”, disse Fernández no ato de encerramento do 3º Congresso Mundial de Agências de Notícias, realizado em Bariloche (Argentina).
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A contaminação informativa
Diante de um auditório de diretores de agências internacionais, vários deles membros da SIP, Fernández disse estar “preocupado” com o “manejo da liberdade de expressão”.
“A liberdade de expressão perdeu duas letras para se transformar em liberdade de pressão”, ressaltou.
“É inconcebível que enquanto o presidente do Equador, Rafael Correa, estava literalmente sequestrado, a SIP enviava comunicados de condenação à violação da liberdade de imprensa”, destacou ele, quem acrescentou: “Era mais importante salvar a cadeia nacional que a vida de um presidente”.
Ele criticou em especial o presidente da SIP, Alejandro Aguirre, por referir-se à revolta policial de 30 de setembro como uma “situação de convulsão”, qualificada pelo Governo equatoriano como uma tentativa de golpe de estado.
“A SIP é uma entidade dedicada à defesa e à promoção da liberdade de imprensa nas Américas, e tem a missão de combater a violência contra os jornalistas. Ninguém pode estar em desacordo com semelhante objetivo”, ressaltou.
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