O governo do Chile expulsou nesta quarta-feira (05/10) o coronel argentino aposentado Alejandro Duret, repressor da ditadura militar argentina (1976-1983), que foi sentenciado em seu país natal por ter cometido violações contra os direitos humanos.
O ex-coronel foi encontrado na região de Talca, localizada a cerca de 240 quilômetros de Santiago do Chile, e deve ser levado à fronteira para ser entregue às autoridades do país vizinho nas próximas horas.
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Duret entrou no Chile como turista em 25 de setembro do ano passado, um dia antes de ser sentenciado a 15 anos de prisão pela acusação de sequestro, tortura e desaparecimento em 1976 do militante peronista Carlos Labolita, que foi um amigo próximo ao ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007) e à sua esposa e atual mandatária argentina, Cristina.
Em 2009, um tribunal localizado em Mar del Plata, a cerca de 400 quilômetros de Buenos Aires, comprovou que Duret estave envolvido com o desaparecimento. No ano seguinte, ele teve esta decisão revogada e uma nova sentença imposta, ocasião em que já se encontrava no Chile.
Um caso similar ocorreu recentemente quando o juiz argentino Otílio Romano pediu asilo político no Chile um dia antes de ter início uma investigação a respeito de seu envolvimento em mais de cem casos de violação aos direitos humanos. Ele ainda se encontra em território chileno a espera de uma decisão do governo sobre dar-lhe refúgio.
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