Habitantes da cidade de Magallanes, que fica ao extremo sul do Chile, advertiram neste domingo (9/01) que iniciarão na próxima quarta-feira uma greve de duração indeterminada, além do bloqueio de rotas e acesso ao aeroporto regional, caso o governo não reverta à alta do preço do combustível decretada na região.
Mais de 20 mil pessoas se reuniram ontem em frente ao Estreito de Magalhães, promovendo um ato artístico e cultural para protestar contra a medida imposta pelo governo. O dirigente da Assembleia Cidadã da cidade, Enrique Bahamondes, declarou para a radio Bío Bío que “que esta alta no gás pode não parecer muito significativa”, mas para os habitantes de Magallanes faz diferença.
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“Não ter combustível nessa área é como não ter oxigênio, é como se faltasse a água que usamos diariamente”, diz a respeito do cotidiano dos nativos que dependem do combustível para seu aquecimento.
Bahamondes explicou que esse aumento irá refletir no transporte, nos serviços básicos e também na alimentação. “Essa alta significa 25 % de aumento”. Para ele é como se a cidade tivesse que ser punida, por gastar “todo o gás” do país, como alguns dizem.
Ele fez um apelo para que seja controlado o consumo nas grandes empresas, que para ele, usam bem mais que o um milhão de metros cúbicos gastos pelos habitantes locais.
A região de Punta Arenas, onde se localiza a cidade, é considerada a entrada para a Antártica, onde predominam ventos gelados e baixas temperaturas durante todo ano, tendo como média de 5 graus Celsius. Em Magalhães se localiza a Empresa Nacional de Petróleo, uma estatal onde se descobriu em 1945 o primeiro poço de petróleo do país.
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