Sanções econômicas e pressão internacional não colocarão um fim ao impasse sobre o programa nuclear iraniano, afirmou hoje (13/4) o governo da China, um dos cinco países com poder de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Para Pequim, conforme disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) chinês, Jiang Yu, segundo a agência de notícias Xinhua, o caminho do diálogo ainda é o mais indicado, apesar de a funcionária não ter descartado a participação da China na redação de uma nova resolução para o Irã.
“A China sempre acreditou no diálogo e na negociação como a melhor maneira de resolver este assunto. A pressão e as sanções não podem resolvê-lo fundamentalmente”, declarou Jiang.
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Jiang acrescentou que quaisquer medidas adotadas pelo Conselho de Segurança devem funcionar no alívio das tensões e ajudar a resolver a questão nuclear iraniana por meio do diálogo e negociação. “A China sempre integrará ativamente esforços diplomáticos vindos da comunidade internacional, no sentido de resolver a situação”, concluiu.
Ontem (12/4) a Casa Branca chegou a anunciar que os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da China, Hu Jintao, concordaram que os países trabalhassem juntos na definição de sanções contra o Irã na ONU. França, EUA, Alemanha e outros países são a favor da aplicação de mais sanções, alegando que o país tem intenções de desenvolver armas nucleares. Teerã, por sua vez, diz que seu programa nuclear tem fins pacíficos e insiste no diálogo como forma de chegar a um consenso.
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