O presidente da China, Xi Jinping, se manifestou pela primeira vez nesta sexta-feira (17/09) desde o anúncio da aliança militar entre Estados Unidos, Reino Unido e Austrália para a região do indo-Pacífico. Segundo o mandatário, o país “nunca permitirá” que “forças externas” façam interferências.
A fala foi feita de maneira virtual durante um encontro de lideranças da Shanghai Cooperation Organisation (SCO) no Tajiquistão. Estavam também presentes os chefes de Estado da Rússia, Quirguistão, Cazaquistão e Uzbequistão.
“Nunca permitiremos que forças externas interfiram nos assuntos internos dessa região e de seus países. Precisamos nos apoiar para levar adiante constantemente as questões nacionais e ter solidamente em nossas mãos o futuro e o destino do nosso desenvolvimento e do nosso progresso”, disse Xi aos presentes.
Até o momento, apenas o Ministério das Relações Exteriores chinês havia falado sobre o novo acordo, chamado de Aukus, que prevê uma aliança que consentirá aos australianos ter submarinos com propulsão nuclear. O pacto foi chamado de “irresponsável” pelos chineses porque pode alterar o equilíbrio de forças e a paz na região.
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Declaração vem após criação de aliança militar entre EUA, Reino Unido e Austrália que vai operar na região indo-Pacífico
No entanto, a fala também refere-se à ação cada vez maior dos norte-americanos sobre Taiwan, que é um território autônomo da China e que a cada ano se afasta mais politicamente de Pequim.
O Aukus também foi duramente criticado pela França, que soube no pronunciamento que a Austrália estava cancelando um acordo bilionário assinado em 2016 para o fornecimento de submarinos comuns. A União Europeia também criticou a aliança por não ter sido informada sobre a criação do grupo.
*Com Ansa