O governo da China condenou a ação da polícia filipina durante a operação que pôs fim ao sequestro de um ônibus com 25 turistas na capital, Manila, na segunda-feira (23/8). Em comunicado publicado nesta terça pela agência de notícias chinesa Xinhua, as autoridades chinesas criticaram o trabalho dos policiais e anunciaram que enviarão um grupo de trabalho às Filipinas para tratar da repatriação dos corpos e de outras tarefas relacionadas ao fato.
Durante a tarde, cerca de 25 membros do Partido Liberal de Hong Kong protestaram frente ao consulado das Filipinas para mostrar indignação com o representante do país na cidade, o cônsul-geral Claro Cristóbal. Ele se recusou a comentar o desempenho da polícia.
Além deles, o chefe executivo (prefeito) de Hong Kong, Donald Tsang, e vários membros de seu gabinete criticaram a condução do sequestro no país vizinho.
“É uma grande tragédia o modo como foi conduzida a operação, e especialmente o resultado”, disse Tsang ontem à noite, durante entrevista coletiva, na qual aproveitou para pedir explicações a seu colega filipino.
Mais cedo, a polícia das Filipinas já tinha reconhecido erros na operação, que terminou com nove mortos, inclusive o sequestrador.
Pelo Twitter
Pela internet, chineses também manifestaram indignação com o caso. No Twitter, por exemplo, mensagens como “queremos explicações do governo filipino” e “polícia filipina acaba com vida de chineses” são bastante recorrentes .
Diante do fato, o governo chinês emitiu um comunicado para que a população evite viagens para as Filipinas e pediu ao governo que garanta a segurança dos cidadãos chineses que moram no país vizinho. Os internautas chineses, em vários forums na internet, lançaram duras palavras contra os policiais que participaram do resgate, a que culpam pelas mortes.
Na segunda-feira, o ex-policial filipino Rolando Mendoza, de 55 anos, sequestrou um ônibus de turistas de Hong Kong em Manila, com 25 pessoas a bordo, com o objetivo de conseguir sua reinserção no corpo policial, de onde foi expulso em 2008 por envolvimento em um caso de extorsão e narcotráfico.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL