Atualizada às 11:56
O governo chinês planeja realocar mais de 9 mil pessoas para dar espaço ao maior radiotelescópio do mundo, que está sendo construído na província de Guizhou com o objetivo de buscar vida extraterrestre.
Com um diâmetro de 500 metros, o radiotelescópio FAST (sigla em inglês), situado nas colinas ao sudoeste da província chinesa, deve iniciar suas operações este ano, informou a agência estatal chinesa Xinhua nesta terça-feira (16/02).
Agência Efe
O rádiotelescópio chinês na província de Guizhou
Autoridades informaram que 9.110 pessoas residentes a até cinco quilômetros de distância do radiotelescópio serão realocadas até setembro com o objetivo de “criar um ambiente livre de ondas eletromagnéticas”.
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Segundo Wu Xiangping, diretor geral da Sociedade Astronômica Chinesa, o alto nível de sensibilidade do radiotelescópio “irá nos ajudar a buscar vida inteligente fora da galáxia”. Com um custo calculado em 180 milhões de dólares, o FAST, ao ser concluído, vai superar o Observatório Arecibo em Porto Rico, com 300 metros de diâmetro, como o maior radiotelescópio do mundo.
Segundo a agência chinesa, a área onde o radiotelescópio está sendo construído foi escolhida por ser remota e por não ter nenhuma grande cidade ao redor, e os residentes vão receber cerca de 1.800 dólares (cerca de 7.200 reais) em compensação pela remoção.
Agência Efe
O rádiotelescópio chinês na província de Guizhou
A remoção de milhares de pessoas para abrir caminho para grandes obras, como a construção de usinas hidrelétricas e canais, não é novidade do país e é uma medida criticada dentro e fora da China.
A China tem aumentado seus investimentos em empreendimentos astronômicos, acelerando seu programa de exploração espacial com planos de manter uma estação orbital permanente até 2020 e de enviar uma missão tripulada à Lua.