Uma equipe internacional de cientistas encontrou o fóssil de um réptil de 240 milhões de anos, batizado de “avô das tartarugas”, ou Pappochelys. Trata-se do ancestral mais antigo já encontrado. Estima-se que ele tenha vivido 10 milhões de anos antes dos primeiros dinossauros.
A descoberta, feita no lago Vallberg, na Alemanha, foi anunciada nesta quarta-feira (24/06) pelo Museu de História Natural de Washington, nos Estados Unidos, e publicada na revista Nature.
Museu de História Nacional dos EUA
Reconstrução artística do Pappochelys
Apesar de não ter casco, o Pappochelys tinha costas largas, característica comum entre a linhagem das primeiras tartarugas, e uma série de ossos ao longo de seu ventre.
A descoberta divulgada hoje, no entanto, preenche esta lacuna ao apresentar os fósseis do Pappochelys, datados do Triássico médio.
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“Pappochelys de fato constitui um elo por duas razões. É muito mais velho do que todas as tartarugas conhecidas até agora. E sua anatomia é mais primitiva em muitas características, mostrando a condição ancestral de variação de regiões do corpo”, afirmou o paleontólogo Rainer Schoch do Museu Estatal Alemão de História Natural Stuttgart.
Schoch ressaltou ainda que Pappochelys é uma criatura de transição entre os ancestrais de lagarto e as primeiras tartarugas, providenciando uma figura clara da evolução das tartarugas.
“As criaturas de transição são a contribuição mais importante que a paleontologia pode fazer no estudo da evolução. Eles são frequentemente não esperados e mostram características surpreendentes”, disse Schoch.