O terceiro colocado nas eleições presidenciais colombianas, Germán Vargas Lleras, lamentou que as pesquisas de intenção de voto tenham “deturpado a realidade” e destacou a necessidade de regulamentar esse setor.
Nos últimos levantamentos sobre o pleito — divulgados uma semana antes da votação desse domingo — o candidato do Mudança Radical aparecia na quinta colocação, ao lado de Rafael Pardo, do Partido Liberal. Os dois possuíam cerca de 5% das preferências.
No entanto, com a apuração de 99,7% das urnas, Vargas Lleras conseguiu a terceira posição, com 10,1% dos votos.
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Além disso, o resultado do primeiro turno também apresentou uma diferença muito maior entre os dois principais candidatos do que o previsto nas pesquisas. Até o momento, o governista Juan Manuel Santos tem 46,5% das preferências contra 21,5% do opositor Antanas Mockus. Segundo os estudos, eles estavam tecnicamente empatados com cerca de 30%.
Gustavo Petro, do Pólo Democrático Alternativo (PDA), que conquistou o quarto lugar ao angariar 9,1% dos votos, declarou que as pesquisas “cumpriram um triste papel que causou muitos danos”.
Já Mockus, do Partido Verde, explicou seus baixos resultados de ontem — na comparação com as sondagens — afirmando que os levantamentos não levaram em conta parte da população que vive nas áreas rurais, onde o eleitorado seria majoritariamente favorável a Santos.
Por sua vez, representantes dos institutos que realizam tais pesquisas criticaram a legislação colombiana, que proíbe a realização dos trabalhos na última semana antes do pleito.
“Nós tiramos a última fotografia do panorama há 13 dias, quando faltavam 500 metros para o final. Se nos deixassem tirar a foto a dois ou três metros do último dia, o resultado seria distinto”, argumentou César Valderrama, da empresa Datexco.
Ontem, ainda durante a votação, a Missão de Observação Eleitoral da Colômbia denunciou, em seu primeiro relatório, a compra de votos em favor da candidatura governista. As acusações teriam sido feitas por membros do PDA e do Partido Verde.
Santos e Mockus se enfrentarão novamente no segundo turno das eleições, em 20 de junho. Para vencer na primeira etapa do pleito colombiano, algum dos candidatos precisaria ter conquistado mais de 50% dos votos.
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