O ítalo-suíço Gianni Infantino foi eleito nesta sexta-feira (26/02) como o novo presidente da Fifa, substituindo o suíço Joseph Blatter, que liderou a organização por 17 anos e foi suspenso em outubro do ano passado por suposto envolvimento em esquema de corrupção na entidade.
Infantino, que tem 45 anos e é secretário-geral da Uefa, afirmou após ser eleito que vai “restaurar a imagem e o respeito da Fifa”. “Quero ser o presidente de todos vocês. É hora de voltar ao futebol. A Fifa passou por tempos difíceis, tempos de crise. Esse tempo acabou. Temos que reconstruir o respeito e focar neste maravilhoso esporte que é o futebol”, declarou.
Agência Efe
O ítalo-suíço Gianni Infantino, eleito hoje como novo presidente da Fifa
Infantino, cujo mandato como presidente deve durar até 2019, tem como uma de suas principais propostas aumentar de 32 para 40 o número de seleções na Copa do Mundo, seguindo uma mentalidade já adotada pela entidade europeia ao elevar a quantidade de participantes da Eurocopa de 16 para 24.
Inicialmente, o candidato da Uefa era o seu presidente suspenso, Michel Platini, mas o ex-jogador francês se viu envolvido em um suposto recebimento de propina do agora ex-mandatário da Fifa Joseph Blatter. Por conta disso, os dois foram suspensos por oito anos, período posteriormente reduzido para seis.
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Infantino recebeu 115 votos, superando o xeque barenita Salman bin Ibrahim al Khalifa, que teve 88. No primeiro turno, o placar havia sido de 88 a 85 para o ítalo-suíço. Na segunda votação, sairia vencedor quem obtivesse o apoio de pelo menos 104 países.
Agência Efe
A eleição do novo presidente se deu durante congresso extraordinário da Fifa, com dirigentes de futebol do mundo todo
Antes mesmo do início da eleição, um dos candidatos, o sul-africano Tokyo Sexwale, já havia desistido da disputa. No primeiro turno, o ex-secretário-adjunto da Fifa Jérôme Champagne, com apenas sete votos, foi eliminado. Restando apenas o príncipe da Jordânia Ali bin Al Hussein e o xeque Salman al Khalifa, Infantino conseguiu obter o número necessário para se eleger.
Ele contava com o apoio da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf) e da própria Uefa. Como secretário-geral da entidade europeia, Infantino era o braço direito de Platini. O novo presidente da Fifa prometeu aumentar a transparência da instituição, divulgando o salário de seus dirigentes, e implantar controles mais rígidos no setor financeiro.
*Com ANSA