Os comerciantes varejistas de açúcar da Bolívia sairão nesta quinta-feira (10/02) às ruas de todo o país exigindo o fechamento da Emapa (Empresa de Apoio à Produção de Alimentos) e a venda livre do produto.
Eles pedirão, também, a fiscalização da companhia e a anulação da lei de luta contra o contrabando pela qual se pagaria 20% da carga confiscada para aqueles que fizerem denúncias.
O governo, no entanto, já adiantou que a empresa continuará com suas atividades. “Vamos nos mobilizar para que o governo deixe de ser comerciante varejista”, declarou o secretário-geral da Conferência Nacional dos Sindicatos da Bolívia, Francisco Figueroa.
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Segundo ele, as manifestações acontecerão em todo o país e incluirão o bloqueio de rodovias. Profissionais de Cochabamba, Santa Cruz, La Paz e El Alto também irão fechar as portas de seus comércios como medida de protesto pela “concorrência desleal” que o governo faz por meio da Emapa.
O movimento, no entanto, não está unificado. A Confederação Sindical de Trabalhadores Associados, Artesãos, Comerciantes Varejistas e Vendedores da Bolívia afirmou que não apoiará as manifestações. O presidente da entidade, Bráulio Rocha, declarou que “a população está cansada de greves” e que seu setor não apoiará “aos grandes contrabandistas e especuladores”.
Comerciantes de algumas regiões de Cochabamba que também são contrários às medidas, já começaram a abrir suas lojas e estão negociando com o governo. “Chegamos a um bom acordo, vamos trabalhar e estamos tranquilos agora”, sustentou o dirigente dos vendedores de Lanza e Punata, Emilio Torrico.
Segundo Torrico, a partir de agora “não vamos tomar a Emapa como concorrente já que, no final das contas, nos deram via livre e temos preços estabelecidos em acordo”.
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