Após uma série de debates intensos, a Comissão de Educação do Senado chileno aprovou na tarde quarta-feira (31/08), em Santiago, por 4 votos a 1, o projeto de lei que proíbe aportes financeiros estatais a entidades com fins lucrativos no setor da educação.
Além dos cinco senadores integrantes da comissão, também estiveram presentes na votação o ministro da Educação, Felipe Bulnes, e representantes da Confech (Confederação dos Estudantes do Chile).
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Carlos Cantero (independente), Ignacio Walker (Democracia-Cristã, centro), Alejandro Navarro (Movimento Amplo Social, esquerda) e Jaime Quintana (PPD, Partido pela Democracia, centro-esquerda) votaram a favor da medida. A única menção contrária foi de Ena Von Bauer (UDI, União Democrática Independente, extrema-direita pinochetista).
Bulnes participou do debate explicando que o governo é contra a proposta porque, segundo ele, “mais importante do que sacar [do setor] todas as instituições, boas ou ruins, constituídas como sociedades comerciais, deve-se acabar, independente da razão social, com todos os estabelecimentos ruins e fomentar os estabelecimentos considerados bons”.
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Entretanto,o senador independente Carlos Cantero rebateu o argumento do governo, afirmando que “a educação pública não poderia ser pior e o Estado promove uma educação de péssima qualidade”. Já Ena Von Baer (UDI), afirma que, se a proposta for aprovada, cortará cerca de 4 mil empregos.
O projeto ainda precisa ser votado no plenário das duas casas legislativas e referendado pelo presidente para entrar e vigor.
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