Uma nova manifestação tomou conta das ruas da capital egípcia, Cairo, nesta sexta-feira (04/05). Durante o protesto, confrontos entre os manifestantes e o exército do país causaram a morte de pelo menos uma pessoa e deixaram cerca de 300 feridas.
Efe
Manifestantes protestaram ao redor do Ministério da Defesa
Milhares de pessoas marcharam em volta do Ministério de Defesa do país e denunciaram a violência empregada pelo exército contra os egípcios nos protestos. Além disso, os manifestantes exigiam a saída do chefe do Conselho Militar, Hussein Tantawi, do poder.
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Durante a marcha, os manifestantes gritaram ofensas contra Tantawi e afirmaram, em coro, que o marechal deveria deixar o poder, pois “o povo é perigoso”. Os soldados, que faziam a segurança em volta do Ministério, também foram ofendidos por conta das mortes de pelo menos 20 pessoas em protestos realizados nesta quarta-feira (02).
Depois que os manifestantes avançaram em direção ao prédio do governo, a segurança foi aumentada para impedir a entrada no edifício. Os confrontos começaram quando os manifestantes passaram a arrancar as cercas e o arame farpado que protegia o Ministério.
Efe
Egípcios socorrem um dos cerca de 300 feridos nos confrontos
Quem protestava passou a atacar os soldados com pedras e paus. O exército revidou atirando bombas de gás e a violência só aumentou nas ruas ao redor do Ministério.
Entre os feridos, cerca de 130 foram levados para hospitais por conta de ferimentos relacionados às pedras e às bombas de gás. Segundo informaram as fontes oficiais ás agências de notícias, pelo menos uma pessoa morreu durante os conflitos após levar um tiro no abdômen e não resistir aos ferimentos.
Em três semanas, o Egito realizará uma eleição que definirá seu próximo presidente. No último dia 24, no entanto, a Comissão Eleitoral do país rejeitou as candidaturas de dez pessoas, pois as considerou inapropriadas para a disputa. Os nomes e os partidos às quais pertencem, entretanto, não foram divulgados pelas autoridades egípcias.
A Comissão proíbe ainda a participação de colaboradores do antigo governo de Mubarak nas próximas eleições. A punição, nestes casos, chega a dez anos.
Efe
Manifestantes jogaram pedras e paus nos soldados
De acordo com a última pesquisa publicada nesta semana pelo Centro “Al-Ahram” para Estudos Políticos e Estratégicos, o ex-secretário geral da Liga Árabe Amre Moussa aparece em primeiro lugar nas intenções de voto com 41,1%. Logo depois, está o islamista Abul Futuh com 27,3% dos votos.
O último presidente egípcio, Hosni Mubarak, deixou o poder há 15 meses depois de enfrentar violentos protestos pelo país, impulsionados pela chamada Primavera Árabe.
*Com informações de agências