O Partido Conservador se aliará com o DUP (Partido dos Unionistas Democráticos) para formar um governo de minoria no Reino Unido, informa a imprensa britânica nesta sexta-feira (09/06). Nas eleições realizadas na quinta-feira (08/06), os conservadores amargaram a perda da maioria absoluta no Parlamento, um revés que tem levado a oposição e membros do próprio partido a pedir a renúncia da primeira-ministra, Theresa May.
Neste momento, May se encontra no Palácio de Buckingham, onde informará a rainha Elizabeth II que poderá formar governo. Ela irá solicitar a permissão da rainha para tal após obter 318 cadeiras, oito menos do necessário para conseguir a maioria absoluta na Câmara dos Comuns, formada por 650 deputados.
De acordo com a imprensa britânica, May contará com o apoio do DUP, legenda da Irlanda do Norte que obteve dez das 18 cadeiras a que o país tem direito no Parlamento do Reino Unido. Somando, os dois partidos chegam a 328 cadeiras, duas a mais do que as 326 que marcam a maioria.
Uma fonte do DUP, defensor da saída do Reino Unido da União Europeia, disse ao The Guardian que o partido quer que haja governo e que “a alternativa é intolerável”. “Enquanto [Jeremy] Corbyn liderar o Partido Trabalhista, vamos nos esforçar para que tenhamos um premiê conservador”, afirmou.
Os trabalhistas, primeiros da oposição britânica, foram os protagonistas destas eleições, conseguindo 261 cadeiras, superando as 229 que tinham quando o Parlamento foi dissolvido em maio.
Agência Efe
A primeira-ministra britânica, Theresa May, a caminho do Palácio de Buckingham nesta manhã (09/06)
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No dia 18 de abril, a primeira-ministra convocou eleições antecipadas, quando as pesquisas de intenção de voto eram favoráveis ao seu partido e davam uma vantagem de quase 20% sobre o partido de Jeremy Corbyn.
Segundo May, seu objetivo era buscava aumentar a maioria conservadora nos Comuns, com o objetivo de contar com um mandato forte nas negociações com Bruxelas sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE).
Em vez disso, o resultado eleitoral deixou um Parlamento fragmentado, jogando as negociações da Brexit em uma grande incerteza – já não sabe se começarão na data prevista, no próximo dia 19.
Com uma mensagem centrada na melhora dos serviços públicos e em combater as desigualdades sociais, Corbyn, na reta final, conseguiu subir nas pesquisas.
May tinha chegado ao poder em julho do ano passado após a renúncia do seu antecessor, o conservador David Cameron, por causa da vitória da Brexit no referendo sobre a permanência ou retirada do Reino Unido da UE.
*Com Agência Efe