A acusação formal da Coreia do Sul de que um torpedo norte-coreano afundou um de seus navios da marinha, matando 46 marinheiros, aumentou a tensão entre os dois países. A Coreia do Norte negou a acusação e alertou para uma “guerra generalizada” caso haja retaliação sul-coreana. Pyongyang também solicitou permissão para inspecionar a embarcação atingida. As informações são da agência Yonhap.
O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, afirmou que Seul vai tomar “medidas firmes” contra o país vizinho para que Pyongyang admita sua responsabilidade. Um comitê formado por cinco países investigou as partes do navio no porto de Pyongtaek, a sudoeste de Seul, e anunciou o resultado ontem (19/5).
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A comissão de Defesa norte-coreana informou em comunicado à televisão estatal que refuta as ameaças de Seul. “Nós tomaremos medidas enérgicas, entre elas, uma guerra generalizada, se forem impostas retaliações à Coreia do Norte”, afirmou a comissão.
Em 26 de março, a embarcação Cheonan foi partida ao meio e afundou perto do limite entre os dois países. Três dias depois, o ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Tae-young, informou que a explosão teria sido provocada por uma mina submarina norte-coreana da época da Guerra da Coreia (1950-1953). Em 10 de maio, entretanto, o mesmo ministro confirmou a presença de substâncias explosivas nos destroços do navio, o que reforçou a hipótese de um torpedo disparado pela Coreia do Norte.
Reações
China, Estados Unidos e Japão se manifestaram quanto à acusação feita por Seul. Pequim qualificou como “um infeliz incidente” o afundamento do navio. “Esperamos que se resolva rápido, em nome da paz e da estabilidade da região”, destacou em entrevista coletiva o vice-ministro de Assuntos Exteriores Cui Tiankai, que não citou uma possível mediação da China – principal aliada da Coreia do Norte – para resolver o possível conflito.
Washington disse que o afundamento foi “um ato de agressão” da Coreia do Norte. “Este ataque constitui um desafio à paz e a segurança internacionais e uma violação do Acordo de Armistício”, declarou a Casa Branca.
O primeiro-ministro do Japão, Yukio Hatoyama, assegurou que seu país apoia a Coreia do Sul e condena “com força, junto à comunidade internacional”, esse ato da Coreia do Norte, segundo a agência de notícias Kyodo.
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