Atualizada às 11h46
A Comissão Europeia fez nesta terça-feira (30/06) uma oferta à Grécia, horas antes de expirar o prazo para pagamento de uma parcela do empréstimo ao FMI (Fundo Monetário Internacional). Em contraproposta, segundo a agência Bloomberg, Atenas pediu ao ESM (Mecanismo de Estabilização Europeu, na sigla em inglês) uma nova extensão do empréstimo, por dois anos, para garantir sua estabilidade financeira. Ele seria acompanhado de um plano de reestruturação da dívida.
Às 19h (hora de Bruxelas, 14h em Brasília), a Comissão Europeia vai se reunir de forma emergencial na capital belga para discutir a proposta grega, anunciou no Twitter o chefe do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.
Extraordinary Eurogroup teleconference tonight 19:00 Brussels time to discuss official request of Greek government received this afternoon
— Jeroen Dijsselbloem (@J_Dijsselbloem) 30. Juni 2015
De acordo com o jornal Kathimerini, a pressão provocada pelos feriados bancários decretados pela Grécia e o fim do prazo para o pagamento de uma parcela de € 1,6 bilhão para o FMI – o limite expira à meia-noite de hoje – fizeram com que membros do governo pedissem a Tsipras considerasse a proposta europeia. O ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, disse hoje, no entanto, que a Grécia não vai pagar a parcela que deve ao FMI.
Agência Efe
Manifestantes foram à praça Syntagama na segunda-feira pedir voto 'não' no referendo do dia 5
A proposta dos credores incluía o envio de um “aceite” escrito a Dijsselbloem, ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Junkcer, à chanceler alemã, Angela Merkel, e ao presidente da França, François Hollande.
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Além disso, o governo da Grécia teria que fazer campanha pelo “sim” no referendo de domingo, 5 de julho. Na segunda (29/06), antes do recebimento da nova proposta, Tsipras afirmou que, se a resposta das urnas fosse positiva, ele renunciaria.
O novo plano da Comissão incluía uma proposta grega de estabelecer a taxa de valor adicionado (o IVA comumente paga por turistas no exterior) em hotéis em 13%, contra 23% do inicialmente pedido pelos credores. A proposta traz também a possibilidade de destinação de € 35 bilhões para o fomento do crescimento e do emprego do país. Em contrapartida, diz o Kathimerini, os ministros da zona do euro aceitariam um documento de 2012 que pede redução nos juros pagos por Atenas e aumento no prazo de pagamento da dívida. Ele entraria em vigor em outubro.
“O governo grego teria que aceitar as propostas de sexta-feira pela noite apresentadas pelo presidente (Juncker) ontem, e publicadas pela CE no domingo de manhã, e teria que fazer campanha pelo “sim” a estas propostas”, disse o porta-voz da Comissão Europeia, Margaritis Schinas.