Um grupo de deputados italianos membros do Parlamento Europeu protestou nesta quarta-feira (06/07) contra a decisão do Brasil de não extraditar o ex-militante Cesare Battisti.
Os parlamentares exibiram cartazes em uma sessão realizada nesta quarta-feira que contou com a presença de uma delegação de deputados brasileiros da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
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Os cartazes continham inscrições do tipo “Battisti criminoso” e “Justiça para as vítimas de Battisti”, além de fotos das quatro pessoas cuja morte foi atribuída ao ex-militante.
“Agimos para chamar a atenção do Brasil nesta sede, porque, por duas vezes, o Parlamento se expressou com resoluções pela extradição de Battisti e este apelo permaneceu inaudível”, disse a deputada italiana Licia Ronzulli.
Já o deputado Mario Mauro, líder do partido governista italiano Povo da Liberdade (PDL) no Parlamento Europeu, afirmou que eles “repetirão este protesto na ocasião de qualquer visita de brasileiros ao Parlamento, e também porque sabemos que a presidente Dilma Rousseff foi convidada a vir aqui”.
Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, quando integrava o grupo de extrema-esquerda PAC (Proletários Armados pelo Comunismo).
Preso no Brasil em 2007, dois anos depois, ele recebeu o status de refugiado político pelo então ministro da Justiça, Tarso Genro, o que impediu sua extradição.
O caso, no entanto, foi analisado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que autorizou a extradição, mas decidiu que a palavra final caberia ao presidente.
Em seu último dia de mandato, Luiz Inácio Lula da Silva acatou um parecer da AGU (Advocacia-Geral da União) e manteve o italiano no Brasil.
Os advogados da Itália, por sua vez, alegaram que a decisão do ex-presidente violava os tratados bilaterais e o caso voltou para o STF.
No último dia 8 de junho, os ministros do STF validaram a determinação de Lula e também anunciaram a libertação de Battisti, que estava em prisão preventiva em Brasília.
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