A desigualdade social aumentou substancialmente nas últimas três décadas nos Estados Unidos. É o que conclui um relatório da comissão de orçamento do Congresso norte-americano divulgado nesta semana. Segundo os números apresentados pelo documento, enquanto a renda da maioria da população do pais não teve ganho significativo, a parcela 1% mais rica da população quase triplicou seu patrimônio – uma aumento de 275% de 1979 a 2007 contabilizando a inflação. Os números mais recentes do levantamento são anteriores à crise econômica dos EUA, que teve início um ano depois.
Leia aqui a íntegra do relatório. O critério utilizado para medir a desigualdade é por unidade familiar, não por indivíduo.
Já os norte-americanos que representam os 20% mais pobres da população tiveram no mesmo período um aumento de apenas 18%, sempre contando a inflação. Os cidadãos que se encontram na faixa média da pirâmide social (ou seja, entre os 20% mais ricos e os 20%mais pobres, correspondentes a 60% da população), o lucro foi próximo de 40%.
E o grupo que se encontra entre a faixa dos 2% aos 20% mais ricos, teve aumento de renda de 65%. Ou seja, um crescimento quatro vezes menor do que os integrantes do 1% que acumulam as maiores fortunas da principal economia do mundo.
Ao mesmo tempo, o documento alerta que os salários das classes mais baixas e média pouco foi alterado em relação à inflação – fenômeno que coincide com o declínio da participação sindical nas últimas três décadas.
Outro dado alarmante é que as 400 pessoas mais ricas dos EUA possuem , juntos, uma renda maior do que os 50% mais pobres da população. Esse dado iguala os EUA a países como Uganda, Camarões, Equador e Ruanda em relação à diferença entre os cidadãos mais pobres e mais ricos.
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