Depois de sair da embaixada brasileira em Honduras, o encarregado de negócios Francisco Catunda afirmou no sábado (26) que o prédio está sitiado por tropas dos golpistas liderados por Roberto Micheletti. Ele disse também que funcionários da representação diplomática sentiram os efeitos de uma bomba de gás lançada contra o local.
“Está tudo sitiado, não temos telefone, estamos totalmente cercados, isolados”, disse Catunda a jornalistas ao sair da Embaixada do Brasil. Ele foi substituído no prédio que abriga o presidente deposto Manuel Zelaya pelo ministro conselheiro do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA), Lineu Pupo de Paula.
Catunda disse ter ficado “cinco dias preso” e que negociou sua saída da embaixada. “Nada está normal”, disse ele depois de perguntado sobre declarações de Micheletti, que alegou assegurou que a situação na representação brasileira estava tranquila.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas já condenou as “ações de intimidação” contra a embaixada brasileira. O líder golpista nega ter relação com lançamento de gases ou com interceptação de ligações telefônicas da sede diplomática.
Catunda confirmou que um gás tóxico deixou algumas pessoas com irritações de garganta, como denunciou Zelaya. “Realmente um de nossos funcionários sentiu isso”, afirmou. “Mas não há nenhum clima catastrófico, a embaixada está limpa, há equipes de limpeza e as pessoas estão bem.”
Ele afirmou que o presidente deposto é “hóspede oficial” da embaixada e desconversou sobre o que Zelaya tem feito no prédio. Ali estão 63 pessoas do grupo do líder hondurenho e quatro funcionários da sede diplomática, dois brasileiros entre eles.
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