As principais bolsas do mundo fecharam hoje (15) em tendências variadas, em um dia fraco em que as bolsas da China e várias da América Latina ficaram fechadas por conta dos respectivos feriados nacionais de ano novo e carnaval.
Em Nova York, o índice Dow Jones Industrial, principal de Wall Street, fechou em baixa de 0,45% (ou 45,05 pontos), aos 10.099,14 pontos.
Em São Paulo, o Ibovespa não operou por causa do feriado de carnaval.
O jornal norte-americano New York Times aproveitou o dia calmo para publicar um editorial criticando o mercado financeiro e os especuladores, e responsabilizando-os pela atual crise da Grécia. Segundo editorial publicado hoje, táticas empregadas por especuladores na bolsa de Nova York, similares às que fomentaram a crise das “subprime” (hipotecas de alto risco) nos EUA, contribuíram para agravar a crise da Grécia e prejudicaram o euro, permitindo a governos europeus ocultar sua dívida. O jornal, que baseou sua análise em entrevistas, relatórios e documentos, afirmou que, durante uma década, a Grécia teve a ajuda de Wall Street em práticas que permitiram extrapolar os limites de dívida estabelecidos pela União Europeia.
Uma transação promovida pelo Goldman Sachs, um dos maiores bancos de investimento do mundo, teria permitido que os gregos ocultassem bilhões de euros em dívida das autoridades supervisoras da UE. Quando a crise fiscal grega estava no auge, bancos de Wall Street estavam buscando mecanismos para ajudar o país a evitar perguntas incômodas por parte de Bruxelas e dos países da zona do euro. No início de novembro, três meses antes de a Grécia se converter no epicentro da preocupação global pela má situação de suas contas públicas, uma equipe da Goldman Sachs chegou a Atenas com uma proposta “muito moderna” para governos em dificuldades para enfrentar suas despesas, segundo duas pessoas que foram informadas do encontro, revela o jornal.
Segundo o NYT, os banqueiros – liderados pelo presidente da Goldman, Gary Cohn – ofereceram à Grécia um produto financeiro que permitiria ao país redistribuir parte da dívida de seu sistema sanitário para que tivesse que fazer o pagamento depois de muito tempo. A tática oferecida pela Goldman já tinha funcionado em 2001, pouco depois que Grécia foi aceita na zona euro. Na ocasião, o banco desenhou uma estratégia para que Atenas conseguisse pegar emprestados bilhões de euros sem superar os limites fixados por Bruxelas.
Pelo mundo
Na Europa, já mais calma em relação às dívidas dos países mediterrâneos, predominaram os resultados positivos. Em Londres, o índice FTSE-100 (do Financial Times) fechou em alta de 0,49%. O índice DAX 30 da bolsa de Frankfurt, na Alemanha, fechou em alta de 0,19%. Na bolsa de Paris, o índice CAC-40 fechou em alta de 0,28%. O FTSE MIB, de Milão, fechou em alta de 0,41%. Em Madri, o Ibex-35 fechou em alta de 0,67%.
Na América Latina, o índice Merval, da bolsa de Buenos Aires, fechou em alta de 0,15%. A bolsa de Santiago do Chile fechou com seu índice IPSA em leve baixa de 0,09%. Na bolsa de Bogotá, o índice IGBC fechou em alta de 0,04%. Na bolsa do México, o IPC fechou em leve alta de 0,11%. Assim como a Bovespa, a bolsa de Caracas também não operou.
Com Hong Kong e Xangai fechadas devido às comemorações do Ano Novo chinês, as bolsas da Ásia tiveram um dia de movimentação menor. A bolsa de Hong Kong permanece fechada nestas segunda e terça-feira em virtude da festa do ano novo lunar. As atividades do pregão na zona especial chinesa voltarão na quarta-feira de cinzas, dia 17. No Japão, depois de abrir em alta, o índice Nikkei da Bolsa de Valores de Tóquio fechou em baixa de 0,78% (ou 78,89 pontos), aos 10.013,30 pontos. O índice Topix, que reúne todos os valores da primeira seção, caiu 0,97% (ou 8,69 pontos), fechando a 883,47 pontos. Já o índice ASX 200, da bolsa de Sydney, na Austrália, fechou em baixa de 0,36%, encerrando aos 4.545,50 pontos.
*Com informações da Agência EFE.
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