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As sete integrantes da banda punk feminina Pussy Riot vestindo seus gorros coloridos que se tornaram símbolo de resistência na Rússia
Duas integrantes da banda punk feminina Pussy Riot fugiram da Rússia, conforme informou o grupo neste domingo (26/08) em sua página de rede social. As artistas estão sendo procuradas pela polícia russa por terem participado do protesto realizado na maior igreja ortodoxa do país em fevereiro.
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Vestindo gorros coloridos que encobriam o rosto, o grupo de cinco mulheres cantou “Virgem Maria, expulse Putin” no altar da Catedral de Cristo Salvador para criticar o apoio do patriarca (cargo mais alto na hierarquia da religião cristã-ortodoxa, a mais seguida na Rússia) ao presidente russo na última eleição (veja o vídeo abaixo).
As autoridades russas conseguiram identificar apenas três das integrantes que foram condenadas no dia 17 de agosto a dois anos de prisão por “vandalismo motivado por ódio religioso” em um julgamento controverso.
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Um dia após o anúncio da sentença, a polícia do país anunciou que estava procurando as duas outras ativistas não identificadas. Neste domingo (26/08), as Pussy Riot disseram que elas estavam fugindo do país e “recrutando feministas estrangeiras para preparar novas ações de protesto”, segundo o jornal britânico The Guardian.
Protestos pedindo a liberdade das integrantes da banda percorreram cidades de todo o mundo nesta semana, chegando a mobilizar até mesmo artistas que se apresentaram na país. Sting, Red Hot Chili Peppers e Madonna pediram em suas apresentações pela libertação das integrantes da banda punk.
“Nos tempos soviéticos ou nos tempo de Stálin, os julgamentos eram mais honestos do que esse”, afirmou o advogado de defesa Nikolai Polozov perante o tribunal. Os advogados da banda, organizações de direitos humanos e autoridades internacionais acusaram a justiça russa de agir com parcialidade favorável a acusação e que o processo não passa de uma repressão política do regime de Putin.