Os italianos vão às urnas escolher os seus representantes legislativos nos dias 24 e 25 de fevereiro do próximo ano, conforme determinou neste sábado (22/12) o Conselho de Ministros. As eleições foram antecipadas por conta da renúncia – já esperada – do premiê Mario Monti nesta sexta-feira (21/12).
Antes do anúncio das autoridades italianas, as duas câmaras que compõem o Parlamento italiano foram dissolvidas pelo presidente do país, Giorgio Napolitano. O procedimento já estava previsto e segundo Napolitano, não existe outra solução para a crise política.
O presidente italiano ainda revelou que Mario Monti concederá uma entrevista coletiva neste domingo (23/12), aonde deverá dizer se será ou não candidato à presidência nas próximas eleições.
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O ex-premiê, considerado um tecnocrata por conta de sua administração, já havia anunciado que deixaria o posto depois da votação do Orçamento de 2013, aprovada por 309 votos contra 55. Sua saída foi provocada pela retirada de apoio do PdL (Povo da Liberdade), partido do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi.
O governo de Monti, que assumiu o mandato em novembro de 2011, foi marcado por um rigoroso equilíbrio fiscal, em consonância com a troika (grupo de credores formados pelo Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) e que deixou a Itália com alto índice de desemprego e sem mostrar sinais de recuperação econômica.
Em 4 de dezembro de 2011, o ex-premiê apresentou um duro plano de cortes no valor de 30 bilhões de euros, e anunciou também a reforma da Previdência, em que a idade de aposentadoria aumentará progressivamente até 67 anos
Posteriormente, o Executivo de Monti também aprovou um pacote de liberalizações e de simplificação dos trâmites burocráticos.
Ainda não se sabe se Monti concorrerá à reeleição, mas ele tem o apoio de quatro legendas ligadas ao centro.