Depois de dois dias de greve e manifestações, 25 mil pessoas saíram às ruas de Atenas neste domingo (12/02) para se manifestarem contra as medidas de austeridade que o Parlamento pretende votar esta noite. A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes que se concentram em frente à sede do Poder Legislativo. Alguns manifestantes arremessaram pedras e lançaram cocktails molotov como resposta à violenta repressão policial.
Efe
Além de Atenas, protestos seguem em todo o país, como em Loutraki, na região sul
O novo plano de austeridade debatido pelos parlamentares, que prevê severos cortes de despesas públicas, é exigência da Troika (grupo formado pelo Banco Central Europeu, o Fundo Monetário Internacional e a Comissão Européia) como condição para ser acionado um segundo resgate financeiro, no valor de 130 mil milhões de euros.
O plenário começou a sessão às 14h30 locais (10h30 de Brasília), mas a votação é prevista para terminar à meia-noite (20h em Brasília). Os deputados responderão a três perguntas: sobre o plano de quitação de 100 bilhões em dívidas privadas, a recapitalização dos bancos gregos e o polêmico ajuste financeiro, que é exigido pelos negociadores.
O pacote prevê que sejam cortados 325 milhões de euros nas despesas públicas neste ano para pagar os juros da dívida do país. Para conseguir chegar ao acordo, o país terá de reduzir o salário mínimo em 22%, fechar 150 mil postos de trabalho e reduzir e cancelar pensões e aposentadorias.
As propostas têm provocado forte descontentamento entre o povo grego, já assolado por uma recessão econômica e por altas taxas de desemprego.
Em reação à votação, os sindicatos gregos convocaram uma greve de 48 horas e uma manifestação, que sertã encerrada neste domingo. Concentrados diante do Parlamento, os manifestantes prometem lutar até o fim contra a aprovação do pacote.
Ao contrário do esperado, o governo grego não está conseguindo obter uma maioria segura para a aprovação. Após a recusa dos membros da extrema-direita, da esquerda e independentes, até um punhado de deputados dos dois partidos majoritários, o Nova Democracia, de direita, e o Pasok (Partido Socilaista Pan-helênico), de centro-esquerda, tem se manifestado contrariamente.
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