A comoção mundial pela morte do presidente venezuelano, Hugo Chávez, provocou manifestações até mesmo de líderes que divergiam das políticas bolivarianas de seu governo. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, manifestou “apoio” de seu país ao “povo venezuelano e seu interesse no desenvolvimento de uma relação construtiva” com o país sul-americano.
“Enquanto a Venezuela começa um novo capítulo em sua história, os Estados Unidos continuam comprometidos com políticas que promovam os princípios democráticos, o estado de direito e o respeito pelos direitos humanos”, completou, em comunicado, o presidente norte-americano.
O espanhol Mariano Rajoy, por sua vez, afirmou que, com a morte do presidente venezuelano, “desaparece uma das figuras mais influentes da história contemporânea da Venezuela”. O governo ibérico também expressou “sua vontade de continuar trabalhando intensamente no fortalecimento dos vínculos bilaterais e das relações” entre os países.
Em declarações à rádio espanhola Cadena Ser, o chanceler espanhol José Manuel García Margallo disse acreditar que a situação na Venezuela “não vai variar muito” com a morte do líder. “Acho que o candidato vai ser Maduro e todos os que o conhecem me dizem que é um homem de diálogo, que vem dos sindicatos e que portanto está acostumado à negociação”, afirmou.
Enquanto isso, o Conselho da União Europeia expressou, através de um comunicado conjunto, “tristeza” pela morte do mandatário venezuelano. O bloco destacou sua “contribuição para a integração regional da América do Sul” e o “desenvolvimento social” promovido por ele.
O direitista Sebastián Piñera, por sua vez, reconheceu divergências com o mandatário venezuelano: “Sem dúvidas tínhamos diferenças”, afirmou o líder chileno, garantindo, no entanto que “sempre soube apreciar a força e o compromisso com que o presidente Chávez lutava por suas ideias”.
O presidente do Chile ressaltou ainda que Hugo Chávez “foi um homem profundamente comprometido com a integração da América Latina”. Já o presidente do México, Enrique Peña Nieto, manifestou condolências à família do mandatário e ao povo venezuelano.
Em comunicado, o também direitista Michel Martelly qualificou Chávez como “o grande amigo do Haiti”. O presidente haitiano reconheceu que seu par venezuelano “nunca deixou de expresar sua solidariedade” com a população do país caribenho, “sobretudo nos momentos mais difíceis.
Em janeiro, o primeiro-ministro Laurence Lamothe já havia manifestado que graças ao fornecimento de petróleo venezuelano, pelo programa da Petrocaribe, o país tinha condições de escolarizar milhares de crianças. Após a morte do presidente venezuelano, Martelly afirmou que o Hugo Chávez “contribuiu em grande medida com a execução de grandes projetos em todo território do Haiti a favor de seu desenvolvimento sustentável”.
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