Ao menos sete policiais ficaram feridos neste sábado (02/04) em Manágua, capital da Nicarágua, em razão de duas grandes manifestações populares com milhares de participantes que dividiram a cidade. De um lado, seguidores e partidários do presidente Daniel Ortega, que tentará a sua reeleição em novembro. De outro, opositores que consideram a candidatura do sandinista ilegal.
Os confrontos, segundo a agência de notícias Efe, teriam ocorrido porque as forças de segurança tentaram evitar que os opositores de Ortega rompessem um forte cerco de segurança e, assim, chegar a uma praça ocupada pelos sandinistas.
A chefe da Polícia Nacional da Nicarágua, Aminta Granera, disse à imprensa que um dos agentes se encontra na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital de Manágua depois de ficar ferido por uma multidão que protestava contra a reeleição.
Segundo a chefe policial, os opositores tinham aerossóis, pedras, morteiros de fabricação artesanal e paus com a bandeira da Nicarágua para agredir os oficiais, que não os deixaram furar o bloqueio.
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“Não detivemos ninguém, como um gesto de boa vontade da polícia e do governo da Nicarágua”, disse Aminta. A oficial explicou que essa decisão foi tomada para se evitar “gerar mais violência” e que, caso esse episódio tivesse ocorrido em outro país “teria havido um derramamento de sangue”.
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, que disputará novamente a Presidência no dia 6 de novembro, é criticado pelos partidos de oposição. Segundo eles, sua candidatura é ilegítima já que a Constituição proibiria seu terceiro mandato. Entretanto, em 2009, a Corte Suprema de Justiça declarou inaplicável esse artigo constitucional. Ortega é presidente desde 2007 e já havia governado o país entre 1985 a 1990.
Do outro lado, segundo a rede Telesur, os manifestantes sandinistas saíram às ruas vestindo predominantemente branco. Além de apoiarem o presidente, eles também protestavam contra os ataques militares aéreos da coalizão internacional liderada pela OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) contra o regime do coronel líbio Muamar Kadafi.
Ortega é um dos principais opositores à intervenção e pede, além de uma solução negociada, pede a presença de observadores internacionais no paíos norte-africano, atendendo a ums solicitação do governo de Kadafi.
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