* Atualizada às 9h57
Nos últimos quatro dias, mais de 6 mil imigrantes foram resgatados no Mar Mediterrâneo e levados para a Itália, segundo revelou nesta sexta-feira (11/04) a agência da ONU (Organização das Nações Unidas) para refugiados, a Acnur. Entre os resgatados havia um grande número de mulheres e crianças — inclusive bebês recém-nascidos — e vários deles não estavam acompanhados por nenhum familiar.
A porta-voz da Acnur, Melissa Fleming, disse que a agência precisa contar com o apoio da Europa para estabelecer linhas de ação que previnam novas tragédias. “Novos centros de recepção e assistência a migrantes nos pontos de chegada, além de diagnosticar soluções duradouras para eles, poderiam ser estabelecidas com o apoio da União Europeia”, disse Fleming.
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Agência Efe
Acnur diz estar preparado para trabalhar com governos e evitar que pessoas tenham que submeter-se à travessia perigosa
Cerca de 40 embarcações cheias de pessoas foram flagradas pela Marina da Itália enquanto faziam a travessia da Líbia para a região da Sicília e da Calábria, em águas italianas. Os imigrantes são originários de diversos países do continente africano: Síria, Eritreia, Somália, Nigéria, Gâmbia, Mali e Senegal.
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“A Acnur continua pedindo que os Estados cooperem no resgate das pessoas no mar, ao mesmo tempo que procurem por alternativas legais para previnir que essas pessoas tenham que fazer estas jornadas perigosas”, disse Melissa Fleming, porta-voz da Acnur, ressaltando que a agência da ONU está disposta e preparada para trabalhar conjuntamente com os governos na solução do problema. Para ela, é preciso que haja estabelecimentos para receber esses refugiados quando resgatados em pleno mar.
Segundo a Acnur, desde que o governo italiano instalou a “Operação Mar Nosso”, missão militar criada para dificultar a entrada de imigrantes, mais de 20 mil pessoas foram detidas e resgatadas na costa do Mediterrâneo. Em 2013, 43 mil chegaram pelo mar na Itália, segundo estimativas da Acnur.
(*) Com informações da Agência Efe