Militantes do Hamas lançaram nesta sexta-feira (16/11) um foguete contra Jerusalém. Esta foi a primeira vez que a cidade onde está sediado o governo de Israel foi alvo de artilharia aérea vinda de Gaza. A rádio das Forças Armadas de Israel confirmou que um míssil caiu em uma área ao norte da cidade — e que não houve relatos de mortos ou feridos.
Efe
Iemenitas foram às ruas da capital, Sana, para protestar contra a investida militar israelense na Faixa de Gaza
O ataque, em resposta aos dois dias de investida militar do exército de Israel à Faixa de Gaza, foi confirmado pela porta-voz das Forças de Defesa do país, Avital Leibovich, em sua conta no Twitter e pelo Hamas. O braço armado do movimento islamita reivindicou em um breve comunicado o lançamento de “um foguete” contra Jerusalém e disse que se tratava de um “Qasam M-75”, conhecido no jargão militar como Fajr, de fabricação iraniana.
Segundo testemunhas citadas pela BBC, pela primeira vez os alarmes instalados há quatro anos soaram em Jerusalém. Já o jornal israelense Jerusalem Post e a rede de TV norte-americana CNN informaram que outro foguete foi lançado de Gaza e caiu no sul de Jerusalém, em Gush Etzion. Segundo a correspondente da BBC em Israel Katya Adler, “bunkers estão sendo abertos para a população em Tel Aviv e em Jerusalém”.
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Mais cedo, o exército de Israel negou que o braço armado do Hamas tenha derrubado com um míssil terra-ar um de seus aviões que sobrevoavam a Faixa de Gaza. As Brigadas de Izz al Din Al Qassim disseram em comunicado que seus milicianos “estão buscando os destroços do avião de guerra, enquanto a ocupação (Israel) está intensificando seu poder de fogo para impedir os milicianos de recolher o que restou do avião”, segundo informação da Agência Efe.
Na manhã desta sexta-feira, dois foguetes disparados de Gaza caíram pela primeira vez na região de Tel Aviv. A polícia afirmou que um foguete lançado a partir de Gaza caiu no mar, próximo à cidade. Sirenes antiaéreas soaram no centro comercial de Tel Aviv, e uma forte explosão foi ouvida.
Na véspera, militantes palestinos em Gaza lançaram dois foguetes contra a cidade, a capital comercial israelense. Um caiu no mar, segundo uma fonte de segurança, e o outro atingiu um subúrbio de Tel Aviv, sem causar danos ou feridos. O primeiro ataque foi reivindicado pela Jihad Islâmica.
Reservistas
Segundo o jornal israelense Haaretz, o ministro de Defesa de Israel, Ehud Barak, teria aprovada a ampliação da convocação para mais de 30 mil reservistas. Na manhã desta sexta-feira, o gabinete do general das Forças de Defesa de Israel anunciou a chamada pública de 16 mil reservistas.
Efe
Soldados israelenses montam acampamento na cidade de Sderot, próxima à fronteira com a Faixa de Gaza
Até agora nenhum soldado israelense cruzou oficialmente o território de Gaza, mas já são milhares, apoiados por veículos blindados, os que estão tomando posições em toda a zona fronteiriça. Existindo a operação terrestre, a Brigada de Infantaria Guivati e a de paraquedistas farão a invasão junto à brigada blindada que já está no local. Em seguida, as unidades de reservistas se encarregarão do controle das áreas que forem sendo tomadas.
Nesta sexta-feira, o presidente do Egito, Mohammed Mursi, anunciou o apoio à Gaza pelo que chamou de “agressão ruidosa”. Pelo menos 20 palestinos e três israelenses foram mortos desde a retomada do conflito na última quarta-feira.
Militantes do Hamas e civis, incluindo cinco crianças, estão entre os mortos do lado palestino, autoridades da região autônoma disseram nesta sexta-feira. Antes da escalada do conflito, Israel promoveu repetidos ataques aéreos em Gaza, enquanto militantes palestinos lançaram mais de 200 foguetes desde a fronteira.