Uma criança morreu e outras três pessoas ficaram feridas após ataques das forças israelenses contra a Faixa de Gaza nesta terça-feira (24/12). A ofensiva de Israel se deu em resposta à execução de um operário que trabalhava para o Ministério da Defesa israelense na fronteira, vítima de supostos disparos de um grupo militante palestino.
Fontes de segurança palestinas disseram que os caças-bombardeiros israelenses atacaram bases e acampamentos que pertencem ao braço armado do movimento islamita Hamas nas localidades de Khan Yunes e Rafah. Os estilhaços de uma bomba atingiram a menina, que tinha entre dois e quatro anos de idade. Ela chegou já sem vida ao hospital.
Reprodução Twitter/@ThisIsGaZa
Imagem de usuário do Twitter mostra a região de Khan Yunes, no sul da Faixa de Gaza, sendo bombardeada por Israel
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As outras três vítimas ficaram feridas em diferentes pontos de Gaza como consequência dos ataques, os mais duros ocorridos na região desde a operação israelense Pilar Defensivo em novembro de 2012.
Autoridades do Hamas disseram à agência Reuters que as aeronaves israelenses bombardearam campos de treinamento do grupo palestino na região de Khan Yunes e al-Bureij.
“Sem sossego em Israel, sem sossego em Gaza”
O operário israelense Salah Abu Latif, 22, morreu com um tiro no peito disparado por um franco-atirador palestino, segundo informações do Exército israelense. Empregado do Ministério da Defesa do país, Latif trabalhava na fronteira entre os territórios. Ele era motorista de trator e fazia a manutenção da cerca que separa Israel de Gaza.
Latif é o primeiro civil israelense morto na região desde a Operação “Pilar Defensivo”, em novembro do ano passado.
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Até o momento, nenhum grupo palestino havia assumido a responsabilidade do ataque a Latiff.
“É um incidente extremamente grave e nós não vamos ignorá-lo”, disse o premiê israelense Benjamin Netanyahu, após a morte do civil.
“Se não há sossego em Israel, também não haverá sossego em Gaza”, afirmou Moshe Ya’alon, ministro da Defesa.
O tiroteio contra Latiff é a terceira ação contra Israel na semana. No domingo (22/12), uma explosão em um ônibus nos arredores de Tel Aviv não deixou feridos. No dia seguinte, um policial israelense foi esfaqueado. O Ministério da Defesa de Israel, entretanto, não estabeleceu relação entre os eventos