O embaixador da Líbia no Brasil, Salem Ezubedi, informou hoje (10/03) ao presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, Paulo Paim (PT-RS), que o jornalista brasileiro Andrei Netto, do jornal O Estado de S. Paulo, pode ser libertado a qualquer momento. Paim e Ezubedi conversaram por telefone.
Segundo Paim, o embaixador disse também que o jornalista está detido na cidade de Sabratha, a oeste de Trípoli, a capital líbia. A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou hoje moção exigindo a libertação imediata de Netto.
“O embaixador me disse que as autoridades líbias estão adotando todos os procedimentos para que o jornalista seja libertado de imediato, se possível ainda hoje”, disse Paim. O senador acrescentou que o diplomata líbio argumentou que Netto foi detido “por falta de documentos”.
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Para o senador, dificilmente o governo líbio apresentará justificativas que sustentem a prisão de Netto no país. “Argumento algum convence a comissão”, disse Paim. Outra moção aprovada foi de apoio ao jornal e à família do repórter.
Em entrevista à Agência Brasil, a editora executiva do jornal, Luciana Constantino, confirmou que Netto, desaparecido na Líbia, foi localizado. Segundo ela, o embaixador do Brasil na Líbia, George Ney de Souza Fernandes, disse que ele estava preso em uma penitenciária próxima à capital.
De acordo com Luciana, os esforços são para tentar intermediar a libertação de Netto e retirá-lo da Líbia. A direção do Estado informou ontem (09/03) que perdeu o contato com o repórter que fazia a cobertura na área de de Zawiya – uma das regiões onde os conflitos são mais intensos. A pedido da direção do jornal, o Ministério das Relações Exteriores e a Embaixada do Brasil passaram a atuar na localização de Netto.
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