O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, orientou nesta quarta-feira (09/11) a embaixadora Maria Luiza Viotti, que chefia a delegação brasileira no Conselho de Segurança das Nações Unidas, a levantar a discussão sobre a necessidade de a comunidade internacional assumir na prática o princípio da responsabilidade de proteger os civis. A discussão ocorre três semanas depois da morte do ex-líder líbio Muamar Kadafi. Os debates começararam às 10h (13h de Brasília).
Os assuntos que dominarão os debates em Nova York são a missão militar estrangeira na Líbia e a hipótese de intervenção na Síria. Para o governo brasileiro, as ações internacionais devem, sobretudo, considerar como prioridade a proteção dos civis, sem ameaças nem riscos.
A presidente Dilma Rousseff e Patriota foram contrários à ação militar na Líbia, assim como rejeitam a alternativa de intervenção externa na Síria. Intervenções estrangeiras provocam divergências na comunidade internacional.
No que se refere à Líbia, o grupo de países liderado pelos Estados Unidos elogia a atuação da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Mas, para países como a Rússia e a China, há dúvida se os civis foram protegidos pelos militares estrangeiros ou viraram pretexto para o ataque ao grupo de Khadafi.
Em relação à Síria, o presidente Bashar Al Assad recebeu uma série de advertências sobre a necessidade de buscar o diálogo e abandonar a violência e a repressão. Porém, a Organização das Nações Unidas informou que o número de civis mortos sobe e já há registros de cerca de 3.500 mortes.
Até o fim deste mês, Portugal está na presidência do Conselho de Segurança. O presidente português, Aníbal Cavaco Silva, comandará a sessão de debates.
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