O emir do Kuwait, xeque Sabah al Ahmad al Sabah, dissolveu o Parlamento nesta terça-feira (06/12), uma semana depois que o governo apresentou sua renúncia por causa dos protestos contra o regime.
Em breve decreto divulgado pela agência oficial de notícias “Kuna” o emir publicou a dissolução do Parlamento pelo “interesse nacional”. A medida, segundo ele, tem o objetivo de “superar obstáculos”, mas não deu mais detalhes sobre os problemas que o país enfrenta.
“A situação atual criou obstáculos no processo de desenvolvimento e ameaçou os interesses supremos do Estado. Por isso é necessário que a nação volte a escolher seus representantes”, diz o decreto.
O Parlamento não se reunia desde o dia 29 de novembro, quando seu presidente suspendeu a sessão prevista para este dia e disse que não voltaria a convocar outra até que fosse formado um novo governo.
Um dia antes, Al Sabah aceitou a renúncia do Executivo após os protestos das últimas semanas, que pediam a demissão do primeiro-ministro, Nasser al Mohamed al Ahmed al Sabah, supostamente envolvido em um caso de corrupção.
O emir nomeou o ministro da Defesa, xeque Yaber Mubarak al Sabah, como novo chefe do governo e lhe encarregou de propor candidatos para os ministérios.
A crise no Kuwait piorou em 17 de novembro, quando milhares de manifestantes invadiram o Parlamento depois que a polícia empregou a força para dissolver uma manifestação que exigia a renúncia do primeiro-ministro.
As desavenças na Assembleia Parlamentar e as crises governamentais são constantes neste rico emirado petroleiro do Golfo Pérsico, que conta com um dos Parlamentos mais democráticos da região.
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