A Liga Árabe e vários de seus membros condenaram nesta terça-feira (05/07) os ataques que ocorreram em três cidades da Arábia Saudita durante o Ramadã nesta segunda-feira (04/07), dois deles próximos a locais sagrados.
Agência Efe
Ataque em estacionamento da mesquita Al-Haram Al Nabawi, em Medina, deixou quatro policiais mortos e cinco feridos
Segundo o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abulgueit, os ataques, que qualificou como “desprezíveis”, “mostram mais uma vez que o terrorismo não tem religião, e que os autores não levaram em conta a santidade do mês sagrado do Ramadã nem o respeito aos santuários”.
Abulgueit, que assumiu o cargo no início deste mês, disse que as ações “impõem a necessidade de intensificar os esforços árabes e internacionais para enfrentar a ameaça do terrorismo e eliminar este fenômeno de maneira total”.
Os atos também foram condenados pelo Ministério das Relações Exteriores do Egito. De acordo com o organismo, os agressores mostraram “sua cara feia no lugar mais puro e sagrado dos lugares”, em referência à mesquita Al-Haram Al Nabawi, em Medina (oeste do país).
Também conhecida como Mesquita do Profeta, – um dos lugares mais sagrados do islã por abrigar o túmulo do profeta Maomé – o local foi alvo de um ataque nesta segunda. Um homem detonou os explosivos que trazia junto ao corpo no estacionamento da mesquita, matando quatro policiais e ferindo outros cinco.
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Já a organização libanesa xiita Hezbollah declarou, em um comunicado, que os ataques recentes em países como Arábia Saudita, Iraque, Turquia e Líbano indicam que “essa epidemia perigosa [ataques] precisa de um sério e diferente tratamento”.
Um ataque também ocorreu próximo a uma mesquita na cidade de Qatif, no litoral leste. A explosão foi realizada em um mercado próximo a Al Umran, centro religioso de muçulmanos xiitas, minoria na região. Não foram identificadas vítimas além do próprio homem-bomba.
Durante a madrugada, um homem detonou uma bomba perto do consulado dos Estados Unidos na cidade litorânea saudita de Jidá, ferindo dois seguranças.
Até o momento nenhum grupo reivindicou os ataques.
(*) Com Agência Efe