O líder do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), Pedro Sánchez, reafirmou nesta quarta-feira (23/12) ser contra a recondução do atual premiê da Espanha, Mariano Rajoy, do PP, com quem se encontrou mais cedo. Rajoy foi ao encontro de Sánchez para negociar a formação de um novo governo, já que nenhum dos dois partidos obteve maioria absoluta nas eleições do último domingo (20/12).
Além disso, Sánchez afirmou que pretende tentar formar um governo liderado pelo PSOE.
Agência Efe
Rajoy (esq.) e Sánchez: líder do PSOE negou apoio para premiê continuar no cargo
“Nós dizemos ‘não’ a Rajoy e suas políticas”, disse Sánchez em uma entrevista coletiva de imprensa após a reunião na sede do governo espanhol, segundo a agência Reuters. “Vamos cumprir com o mandato que os cidadãos deram no dia 20 de dezembro com um governo de mudança que garanta o diálogo, e não queremos que haja novas eleições. O compromisso é que a Espanha tenha um governo e garanta a pluralidade expressada pelos eleitores”, afirmou.
Na segunda-feira (21/12), os socialistas já haviam dito que não apoiariam Rajoy. Para o premiê, o PSOE e o partido Ciudadanos “coincidiam” com ele em determinados temas.
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Segundo o jornal El País, Rajoy propôs ao PSOE uma reforma na Constituição espanhola e a presidência do Parlamento.
Sem o partido, o máximo que o atual premiê pode conseguir é uma aliança com o Ciudadanos, que ainda o deixará 13 cadeiras atrás da maioria no Parlamento. O presidente do Ciudadanos, Albert Rivera, chegou a propor hoje uma aliança PP-PSOE-Ciudadanos, que garantiria uma folgada maioria da Rajoy. Sánchez recusa a proposta.
O impasse pode até provocar a realização de novas eleições. O líder do PSOE, no entanto, diz que uma nova votação é “a última opção” para seu partido.
No pleito de domingo, o PP obteve 123 cadeiras, contra 90 do PSOE, 69 do Podemos – que, ideologicamente, é distante de Rajoy e já anunciou que não o apoiaria – e 40 do Ciudadanos.