Seguem as repercussões em torno do escândalo de espionagem dos EUA por todo mundo revelado pelo ex-agente da NSA Edward Snowden , tema de maior destaque desta semana em Opera Mundi.
Os EUA, revoltados com a decisão da Rússia em manter Snowden em seu território através da concessão de asilo, decidiram cancelar a reunião entre Obama e Putin marcada para setembro – o que não impedirá que os dois se encontrem na próxima reunião do G20, no mesmo mês. Foi o máximo que os EUA puderam fazer, como analisou o jornalista Pepe Escobar. Ao mesmo tempo, Obama disparou contra os russos por suas perseguições aos homossexuais.
A Rússia, por sua vez, resumiu-se a dizer que estava “desapontada” com a decisão, mas deu a entender que Snowden pode ajudar na investigação interna sobre a espionagem norte-americana.
Snowden, por sua vez, já deixou Moscou e sua localização só é conhecida por seu advogado.
Além disso, foi descoberto que o sistema de espionagem da NSA ao redor do mundo era muito maior do que se imaginava, de acordo com reportagem do jornal The New York Times. Já o Guardian descobriu que os EUA utilizavam-se dos dados para obter vantagens comerciais e industriais. Nos EUA, cerca de 3 mil pessoas se ofereceram para cumprir pena no lugar de Bradley Manning.
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O Chile, que se aproxima da eleição presidencial de novembro, aprovou nesta semana a polêmica lei anti-encapuçados, que obriga manifestantes a não esconderem os rostos durante protestos. Também foi descoberto, na Argentina, que o mais recente “neto” dado como sequestrado pela ditadura local (1976-1983) era filho de um casal de chilenos que pertenciam ao MIR (Movimento da Esquerda Revolucionária).
Para piorar a situação do governo chileno, o país deverá refazer seu censo populacional, após ser constatado que 9,3% da população não foi consultada, obrigando o presidente Sebastián Piñera a um pedido público de desculpas.
Por fim, destaque para o Foro de São Paulo, que pediu o envio de observadores da Unasul à eleição hondurenha, marcada para setembro, e cujo discurso de encerramento teve críticas de Evo Morales à Aliança do Pacífico. Já o economista Raúl Ojeda, da Ucla, ressaltou a importância dos governos progressistas da América Latina para a esquerda mundial.