O presidente do Iêmen, Ali Saleh, impôs nesta sexta-feira (18/03) o estado de emergência em todo o país, após um massacre nos arredores da Universidade de Sana ter causado pelo menos 25 mortes e deixado mais de 100 feridos.
Em entrevista coletiva, Saleh lamentou a morte dos manifestantes, que qualificou como “mártires da democracia”, e negou que forças policiais estejam envolvidas no incidente.
Segundo a agência Efe comprovou, os disparos foram dados por pessoas vestidas com roupas civis de telhados próximos à entrada da universidade, que vem sendo palco de contínuos protestos desde o mês passado, nos quais se pede o final do regime de Saleh.
Leia mais:
Repressão a protestos deixa seis mortos no Iêmen
Presidente do Iêmen anuncia reforma da Constituição; líder opositor rejeita
Dia da Ira: protestos contra regime se estendem por todo o Iêmen
As elites e os estados árabes: um modelo para a crise
Oposição iemenita recusa oferta de presidente e não participará de governo de coalizão
Mulheres organizam manifestação própria contra governo do IêmenIêmen: oposicionistas e defensores do governo se enfrentam na capital
O tiroteio começou quando os manifestantes da oposição tentaram demolir um muro que tinha sido levantado por moradores de casas próximas à Universidade de Sana e que pretendia impedir a instalação de mais barracas em um local batizado como Praça da Mudança.
Na entrevista coletiva concedida no palácio presidencial, Saleh, chefe do Estado iemenita desde a unificação entre o norte e o sul de 1990, qualificou como “lamentável” a morte dos manifestantes e anunciou que suas famílias serão compensadas financeiramente pelo Estado.
Desde 27 de janeiro, o Iêmen foi palco de protestos esporádicos contra o
regime de Saleh, mas as manifestações ganharam intensidade desde meados
de fevereiro.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL