No exato momento em que explodiu a primeira bomba na linha de chegada da maratona de Boston, na tarde desta segunda-feira (15/04), o brasileiro Vinícius Cavalieri caminhava no sentido oposto, a poucos metros do local.
“Estava exatamente onde a bomba explodiu. Eu tirava fotos com amigos quando decidi ir para outro local para tirar mais fotos. Cerca de 10 segundos depois, ouvi o barulho da explosão”, revela Vinícius.
Em entrevista a Opera Mundi, o brasileiro de 21 anos, estudante de música no “Berklee College Of Music” – localizada a dois quarteirões do local das explosões -, confirmou que não sofreu nenhuma lesão com a explosão das bombas.
“Eu não sofri nada. Na verdade, eu nasci de novo. Sou grato a cada dia da minha vida, pois poderia ter morrido por questão de 10 segundos”, revela o estudante.
Vinícius relatou que houve muita correria logo após a bomba explodir. Em um primeiro momento, o brasileiro não chegou a acreditar que se tratava de um atentado.
Arquivo pessoal: Vinícius Cavalieri
Estudante de música, Vinícius Cavalieri cruza rua onde aconteceram os atentados todos os dias
“Eu quase fiquei surdo com o barulho da explosão. Eu pensei que era algum tipo de fogos de artifícios. Não dá para acreditar que você está no meio de um ataque. No entanto, quando vi a correria dos policiais e a segunda bomba explodindo, o desespero foi enorme.”
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A rua Boylston – local da linha de chegada da maratona – é uma rota obrigatória no cotidiano de Vinícius Cavalieri: o percurso liga a casa do estudante à faculdade. Minutos após ao atentado a maior preocupação do brasileiro era se comunicar com a família.
“Bloquearam os celulares e eu não fazia a menor ideia se era um ataque terrorista ou não. Não importava, minha única preocupação era entrar em contato com a minha mãe”.
Após o susto, Vinícius afirma que está tranquilo e não pensou ainda no futuro. O estudante volta ao Brasil em maio e não sabe se vai voltar aos EUA. “Quando eu vi a correria a única coisa que eu pensava era o por que eu estava nos EUA? Por que não estava em casa, no Brasil”, afirmou.