Estudantes chilenos pediram na última sexta-feira (05/08) a renúncia do ministro do Interior do país, Rodrigo Hinzpeter, por considerar as repressões contra as manifestações estudantis “desproporcionais”.
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Segundo a presidente da Confech (Confederação dos Estudantes da Universidade do Chile), Camila Vallejo, Hinzpeter “tem que assumir as consequências disto, porque se [ele] quis estabelecer a ordem pública e a segurança cidadã, fez tudo ao contrário”.
Ela ainda classificou como “inaceitável” a repressão aplicada pela polícia durante as manifestações convocadas na última quinta-feira (04) por estudantes e professores que reivindicavam melhorias no setor educacional do país.
Repressão
Forças Policiais chilenas reprimiram estudantes na última quinta-feira com o uso de bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água, impedindo que um protesto fosse iniciado.
Segundo a imprensa local, a polícia chilena estava adotando várias medidas para evitar a concentração e a manifestação de qualquer grupo de estudantes em Santiago.
O ministro do Interior havia afirmado na quarta-feira (03) que qualquer protesto seria considerado “fora da lei”. “As marchas se encontram fora da margem da lei porque não foram autorizadas. Parece-me inconveniente que os movimentos estudantis e o Colégio de Professores se sintam no direito de realizar mobilizações. No Chile, ninguém está sobre a lei”, disse.
A Confech confirmou uma greve nacional do setor educacional que será realizada na próxima terça-feira (09). Há cerca de dois meses, uma ampla mobilização estudantil, que chegou a reunir cerca de 400 mil pessoas nas ruas do Chile, pedia melhorias na educação.
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