Um grupo de 13 jovens opositores decidiu nesta terça-feira (22/02) encerrar a greve de fome que mantinha desde o dia 31 de janeiro na frente da sede da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Caracas.
Os ex-grevistas, todos estudantes, exigem a liberdade de 27 pessoas que qualificam ter sido presas por motivos políticos. Eles interromperam o protesto após uma conversa com membros do governo, advogados e familiares dos detidos.
“Como o governo deu sinais de resposta a todas nossas exigências (…), neste momento a greve de fome se encerra, como um sinal de cumprimento de nossa palavra”, anunciou o líder do grupo, Lorent Saleh.
O jovem, do partido Juventude Ativa Venezuela Unida (JAVU), opositora ao presidente do país, Hugo Chávez, acrescentou em uma declaração de imprensa que “foram muitas as conquistas obtidas” e enumerou alguns casos de presos cujas condições de reclusão melhoraram, segundo ele, graças ao jejum.
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“Pedimos atenção da comunidade internacional, à Organização dos Estados Americanos (OEA), que viu o que está passando no país, e conseguimos”, prosseguiu Saleh.
O caso da greve de fome deste grupo chegou até a OEA, cujo secretário-geral, José Miguel Insulza, manifestou sua disposição a viajar para Caracas para conhecer a situação denunciada.
O governo venezuelano criticou duramente Insulza e o os Estados Unidos por quererem buscar um “Egito virtual” na Venezuela.
Saleh agradeceu o ministro do Interior, Tarek El Aissami, que os visitou na quinta-feira passada e recebeu suas reivindicações. “Pedimos que o governo respeitasse a Constituição e começasse imediatamente (a conceder) benefícios de pré-liberdade” a diversos presos.
Também disse que na próxima quinta-feira o governo começará uma avaliação conjunta com eles, com os familiares e advogados dos presos para revisar “um por um” diversos casos de “presos políticos” e também de “presos comuns”.
Entre os 27 presos que os jovens consideram “políticos” figuram policiais acusados pela morte de 19 pessoas durante o golpe de Estado que derrubou Chávez durante dois dias em abril de 2002.
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