As delegações de Estados Unidos e Coreia do Norte, que negociam em Genebra o desbloqueio das negociações bilaterais e multilaterais sobre o desarmamento nuclear, decidiram nesta terça-feira (25/10) dar mais tempo para avançar o processo.
“Aproximamos divergências em diversos pontos, exploramos nossas diferenças em outros e chegamos à conclusão de que precisaremos de mais tempo e mais diálogo para chegar a um acordo”, afirmou o embaixador Stephen Bosworth, representante especial da Casa Branca para a Coreia do Norte.
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Bosworth fez uma breve declaração na missão diplomática em Genebra, na qual destacou que as conversas mantidas desde segunda-feira (24) foram “positivas e construtivas”.
“Nossas posições se aproximaram sobre o que deve ser feito antes de voltarmos ao diálogo sobre o programa nuclear norte-coreano”, disse o diplomata após ser questionado sobre os temas em que houve avanços.
O representante americano explicou que este é o momento de avaliar se há um acordo suficiente para retomar as negociações ativas, “tanto bilateralmente como nas conversas de seis lados”, que conta com a participação de China, Rússia, Japão e Coreia do Sul.
“Voltaremos aos nossos países e faremos novas consultas. As delegações estarão em contato através do chamado 'canal de Nova York', que é a delegação da República Democrática Popular da Coreia do Norte nas Nações Unidas”, acrescentou.
Bosworth, que participou pela última vez de contatos com a Coreia do Norte e será substituído pelo embaixador Glyn Davies, lembrou que a relação com Pyongyang é “uma história muito longa” marcada por “diferenças que não podem ser superadas com rapidez”.
“Mas acredito – acrescentou – que com um esforço contínuo das duas partes possamos conseguir bases razoáveis que sirvam de ponto de partida para negociações formais destinadas a voltar ao processo de seis lados”.
O fórum de diálogo de seis lados está suspenso desde sua última sessão, no final de 2008, seguido da retirada, em abril de 2009, da Coreia do Norte das conversas após a condenação internacional pelo lançamento de um foguete de longo alcance. Os EUA querem que a Coreia do Norte interrompa todas as suas atividades nucleares e permita as inspeções da ONU.
O líder norte-coreano, Kim Jong-il, expressou nas últimas horas, durante uma visita a Pyongyang do vice-primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, seu desejo de que o diálogo multilateral para o desmantelamento de seu programa nuclear seja reativado o mais rápido possível, em troca de ajuda energética e financeira e reconhecimento político para seu país.
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