A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) autorizou nesta quarta-feira (18/11) a companhia aérea Boeing a retomar os voos com o modelo 737 MAX, retirado do mercado internacional em março de 2019 após dois acidentes aéreos fatais.
“Estou 100% confiante sobre a segurança do modelo”, afirmou o chefe da FAA, Stephen Dickson, ao anunciar a liberação. Em comunicado, a empresa disse que a autorização vai permitir que “companhias aéreas que estão sob a jurisdição da FAA, incluindo as dos EUA, deem os passos necessários para retomar o serviço e para que a Boeing comece a fazer entregas”.
Os acidentes aéreos ocorreram em um curto espaço de tempo, pouco após o lançamento do 737 MAX. O primeiro deles aconteceu em 29 de outubro de 2018, com a queda de um voo da companhia aérea Lion Air, na Indonésia. As 189 pessoas a bordo morreram. Pouco depois, em 10 de março de 2019, um avião da Ethiopian Airlines caiu logo após decolar do aeroporto de Adis Abeba, na Etiópia, e matou as 157 pessoas na aeronave.
O presidente-executivo da Boeing, David Calhoun, afirmou que os acidentes serviram de lição e, como resultado, “reformularam nossa empresa e focaram ainda mais nossa atenção em nossos valores centrais de segurança, qualidade e integridade”.
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Modelo 737 MAX estava parado após dois acidentes que deixaram 346 mortos na queda
“Nós nunca nos esqueceremos das vidas perdidas nos dois trágicos acidentes que levaram à decisão de suspender as operações”, disse.
Um relatório elaborado pela Comissão de Transportes do Congresso dos Estados Unidos e publicado em 16 de setembro deste ano revelou que a Boeing “omitiu informações e defeitos” do modelo 737 MAX e que a FAA estava mais preocupada “em agradar” os diretores da empresa do que fazer uma “supervisão apropriada” dos novos modelos desenvolvidos pela Boeing.
(*) Com Ansa e Sputnik.