Diplomatas dos Estados Unidos e de países europeus iniciaram uma movimentação em defesa de um embargo de armas e outras sanções do Conselho de Segurança da ONU contra o governo da Síria, após um duplo atentado a bomba matar pelo menos 41 pessoas em uma instalação militar de Damasco.
O governo sírio acusou pelos ataques terroristas ligados aos grupos insurgentes do país, que há nove meses promovem manifestações pedindo a saída do presidente Bashar Al Assad. O CNS (Conselho Nacional Sírio), principal organismo de oposição, apoiado por países ocidentais, responsabilizou o governo por ter forjado o ataque, com o objetivo de “desorientar” os observadores da Liga Árabe que chegaram ontem ao país.
As potências ocidentais alegam que as forças de segurança leais ao governo são responsáveis pela maior parte da violência, mas a Rússia continua se opondo a qualquer resolução que não condene igualmente a ação dos opositores.
“Se o pré-requisito for que nós deixemos de lado qualquer referência à violência vinda da oposição radical, isso não vai acontecer”, disse o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, de acordo com a agência Reuters.
“Se eles esperam que nós aceitemos um embargo de armas, isso não vai acontecer”, disse ele. “Sabemos o que embargo de armas significa atualmente – nós vimos isso na Líbia. Você não pode fornecer armas para o governo, mas todo mundo pode fornecer armas a grupos de oposição.”, completou Churkin.
Nos atentados desta sexta, um automóvel tentou forçar a entrada da sede da segurança do Estado e outro explodiu em frente a um edifício dos serviços de segurança no mesmo bairro.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, citando testemunhas, afirmou ter havido fogo de artilharia pesado após as explosões. Os atentados acontecem um dia após da chegada a Damasco de uma missão encarregada de preparar a chegada de observadores da Liga Árabe após meses de protestos contra o governo, que deixaram milhares de mortos de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas) e grupos oposicionistas.
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