O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, levantará em breve a suspensão dos processos aos prisioneiros da base naval de Guantánamo, em Cuba, que ele mesmo decretou no dia da posse, há dois anos, do presidente Barack Obama, informou a edição desta quinta-feira (20/01) do jornal The New York Times.
Citando como fontes “altos funcionários”, o jornal diz que o reatamento dos processos significa que a administração de Obama admitiu que a prisão em Guantánamo seguirá em funcionamento, apesar do presidente ter se comprometido em fechá-la durante sua campanha eleitoral em 2008.
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“Dentro de algumas semanas” serão abertos os tribunais militares, e não as cortes federais convencionais, novas causas contra os detidos que o Departamento de Justiça já designou para ser julgados, informa o jornal.
Os processos incluem Abd al-Rahim al-Nashiri, de nacionalidade saudita e que supostamente planejou o atentado em 2000 no porto de Áden, no Iêmen contra o porta-aviões USS Cole; Ahmed al-Darbi, também saudita e apontado como mentor do fracassado complô para atacar petrolíferas no Estreito de Ormuz, e o afegão Obaydullah, acusado de ter escondido bombas.
No caso de Nashiri, que segundo os EUA é integrantes do grupo Al Qaeda, existe a possibilidade de a promotoria militar pedir a pena de morte, já que 17 marinheiros morreram no atentado contra o porta-aviões USS Cole. Ele chegou a Guantánamo após passar pelas prisões clandestinas da CIA, onde foi submetido ao waterboarding, forma de tortura que simula o afogamento.
A prisão de Guantánamo, em uma base militar americana em Cuba, foi aberta em 2002, como parte da “guerra contra o terrorismo” iniciada pelo governo de George W. Bush depois dos atentados de Nova York e Washington.
Cerca de 240 estrangeiros ainda estão aprisionados em Guantánamo. Ao longo da campanha à presidência, Obama se comprometeu a fechar a prisão, cuja existência foi amplamente criticada por organizações defensoras dos direitos humanos.
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