Quinta-feira, 19 de junho de 2025
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Os Estados Unidos deram início nesta terça-feira (26/08) a voos de reconhecimento sobre a Síria como possível passo prévio a futuros ataques contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI), informaram a agência de notícias AP e a rede CNN. Esses voos são realizados em uma combinação de diferentes aeronaves, entre elas “drones” (aviões não tripulados) e outros aviões especiais, explicaram fontes do Departamento de Defesa ao NYT.

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Efe

Funeral do jornalista norte-americano James Foley em Rochester, EUA. Assassinato desatou escalada de Washington contra EI 

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“Os voos são uma passagem significativa rumo à ação militar direta dos EUA na Síria, uma intervenção que poderia alterar o campo de batalha na guerra civil de três anos na nação”, relataram as fontes do Pentágono. Segundo as mesmas fontes, a administração Obama “não tem a intenção” de notificar o governo de Bashar al Assad sobre esses voos de reconhecimento.

Nesta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem, deixou claro que o governo de Bashar al Assad permitirá que os EUA ataquem os jihadistas dentro de suas fronteiras sempre e quando for “em coordenação prévia” com suas autoridades.

De acordo com a Casa Branca, a intenção com os voos é a de obter informações mais claras sobre os milicianos do EI, que assumiram o controle de parte do território da Síria e do Iraque. Durante duas semanas, os EUA realizaram ataques aéreos limitados contra os militantes do EI no norte do Iraque, especialmente nos arredores da represa de Mossul.

"Os voos são uma passagem significativa rumo à ação militar direta dos EUA na Síria", disseram fontes do Pentágono

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O assassinato do jornalista norte-americano James Foley por parte do EI e a crescente preocupação do Ocidente com a ameaça dos extremistas têm gerado especulações sobre uma ampliação dos ataques aéreos dos EUA ao território sírio. Segundo o WSJ, o Comando Central norte-americano, que supervisiona as forças dos EUA no Oriente Médio, solicitou o envio de mais aviões de vigilância para obter informações sobre potenciais objetivos do EI na Síria.

Assassinatos

O EI assassinou “a sangue frio” nas últimas três semanas quase mil pessoas no Iraque, seqüestrou mais de 2,5 mil e está recrutando ativamente menores de idade para usá-los como “escudos humanos”, disse nesta segunda-feira a ONU.

Em comunicado, a Alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, denunciou as atrocidades cometidas pelo grupo jihadista no Iraque, ações que podem constituir “crimes de guerra e crimes contra a humanidade”.

“Estes crimes incluem assassinatos programados, conversões forçadas, sequestros, escravidão, abusos sexuais, destruição de lugares de culto e de comunidades inteiras por sua afiliação étnica ou religiosa”. Segundo os dados da ONU, só na província de Ninawa “centenas de yazidis foram assassinados e até 2,5 mil sequestrados a princípios de agosto”.