Os Estados Unidos impuseram sanções internacionais a sete empresas estrangeiras que estão apoiando o setor energético do Irã, entre elas a empresa estatal PDVSA (Petróleos de Venezuela), segundo fontes do Departamento de Estado americano.
Ao impor as sanções, a secretária de Estado, Hillary Clinton, “quer envia uma mensagem clara e contundente às empresas de todo o mundo: aquelas que continuarem com o apoio irresponsável ao setor energético do Irã e ajudando o Irã a evitar as sanções dos EUA sofrerão sérias consequências”, diz uma nota oficial divulgada pelo departamento.
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O subsecretário de Estado, James Steinberg, disse nesta terça-feira (24/05) que, com base nestas sanções, a PDVSA não poderá assinar contratos com a administração norte-americana nem contar com financiamento dos EUA para suas operações de importação e exportação, embora não será afetada a venda de petróleo ao país caribenho.
As sete empresas sancionadas são, além da venezuelana, a PCCI, com sede em Jersey/Irã, Royal Oyster Group, radicada nos Emirados Árabes Unidos, Speedy Ship, nos Emirados e no Irã, Tanker Pacific, de Cingapura, Ofer Brothers Group, de Israel, e Associated Shipbroking, radicada em Mônaco.
O Departamento de Estado estava há meses estreitando o cerco à Venezuela pelas suspeitas de violação ao regime de sanções imposto pelos EUA e a comunidade internacional ao Irã.
Já no começo do ano, ocorreram reuniões entre representantes do Departamento de Estado e a embaixada da Venezuela para abordar a Lei Integral de Sanções contra o Irã, Responsabilidade e Desinvestimento (Cisada, na sigla em inglês).
A norma de 2010 amplia o alcance da Lei de Sanções ao Irã de 1996, para impedir que esse país possa adquirir a capacidade de desenvolver armas nucleares.
Pouco depois, a secretária de Estado, Hillary Clinton, garantiu em uma audiência do Comitê de Relações Exteriores que o Governo dos EUA “atuará” se for encontrada qualquer prova de que a Venezuela está violando o regime de sanções contra o Irã, como ocorreu.
Entre os pactos energéticos alcançados entre os países na visita do líder venezuelano, Hugo Chávez, a Teerã em setembro de 2009, destaque para o compromisso da Venezuela de exportar 20 mil barris diários de gasolina ao Irã.
Segundo o governo norte-americano, Venezuela enviou ao menos dois carregamentos ao Irã de um composto destinado a melhorar a qualidade da gasolina, no valor de 50 milhões de dólares.
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