As evacuações de civis e combatentes no leste de Aleppo iniciadas nesta quinta-feira (15/12) foram abortadas e as equipes da OMS (Organização Mundial da Saúde) e do CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha) foram obrigadas a deixar a área nesta sexta-feira (16/12), disse Elizabeth Hoff, representante da OMS na Síria.
“Há alguns minutos a operação foi abortada. Pediram à OMS e ao CICV que deixem a área com ônibus e ambulâncias, embora não tenham dado nenhuma explicação”, afirmou por telefone desde Aleppo a representante da OMS.
Na quinta-feira (15/12) começou em Aleppo uma operação para evacuar doentes e feridos, civis e combatentes da parte da cidade que tinha estado sob controle da oposição durante quatro anos e que foi reconquistada pelas forças governamentais. Com a mediação da Turquia, o regime de Bashar al-Assad e seus aliados russos iniciaram a evacuação, que durou apenas 24 horas
Hoff explicou que até as 6h30 local (2h30, em Brasília) da manhã desta sexta-feira o processo de evacuação se desenvolveu com relativa calma, mas que por volta das de 11h local (7h, em Brasília) “disseram que deveríamos abortar”.
Agência Efe
Feridos foram retirados em ambulâncias e ônibus durante evacuação no leste de Aleppo, na Síria, em operação que durou um dia
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Hoff explicou que foi “ordenado” aos civis “que estavam desesperados para sair”, ressaltou, que voltassem para suas casas. A responsável disse que, entre os que esperavam esta manhã, havia muitas crianças e mulheres, embora desconheça o número de pessoas que ainda permanecem em Aleppo oriental, presas em uma área de 2,6 quilômetros quadrados.
A representante humanitária disse que até as 7h local de sexta-feira foi possível registrar 194 doentes evacuados do leste de Aleppo, embora não pôde dar muitos detalhes de seus estados de saúde.
Hoff explicou que os doentes foram distribuídos em diferentes hospitais de Aleppo ocidental “que já estão saturados” com outros pacientes, e a outros centros de saúde de Idlib e da Turquia.