As ex-repúblicas soviéticas da Moldávia e Geórgia anunciaram que planejam assinar um acordo político e comercial com a União Europeia (UE) no dia 27 de junho. Receando o contato próximo dos dois países com o Ocidente, o Kremlin reagiu e advertiu a ambos que tal assinatura traria “possíveis consequências”.
Uma decisão semelhante, tomada pelo então presidente ucraniano Viktor Yanukovich em novembro de 2013, desencadeou a atual crise que o país atravessa.
Efe (mar/ 2014)
Crimeanos pró-Moscou comemoram resultado de referendo que decidiu pela incorporação à Rússia
A Moldávia já teme que tais medidas possam afetar sua frágil economia, muito dependente de Moscou. Além disso, com a anexação russa da península ucraniana da Crimeia em março deste ano, organizações internacionais como a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) ficaram preocupadas com a possibilidade de incorporação da região separatista pró-russa da Transnístria, na fronteira oeste moldava com a Ucrânia.
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Em março, o presidente da Romênia, Traian Basescu, chegou a declarar que a possibilidade de reconstituição da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) já seria uma “realidade política”. Um dos motivos que Basescu citava para sustentar sua declaração foi a invasão da Rússia à Geórgia em agosto de 2008.
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Com o conflito, o pequeno país do Cáucaso – que também abriga regiões separatistas pró-Moscou dentro de seu território – rompeu relações diplomáticas com o Kremlin. Após a guerra russo-georgiana, a Abecásia e a Ossétia do Sul se declararam independentes da Geórgia. Contudo, apenas Rússia, Venezuela, Nicarágua e a ilha de Nauru reconhecem a autonomia dessas regiões.