O comandante-em-chefe do exército do Chile, general Juan Miguel Fuente-Alba, anunciou nesta quinta-feira (1/04) o programa de reconstrução das áreas destruídas pelo terremoto do dia 27 de fevereiro.
Para a operação, serão mobilizados 16 mil militares, dos quais 8 mil integrarão uma força de apoio humanitário que irá se dedicar às regiões de Bío Bío, Maule e O'Higgins, as mais afetadas pelos tremores.
De modo paralelo, o corpo militar do trabalho atuará com 120 soldados e contratará até 20 mil pessoas para trabalhar em diversas frentes na reconstrução de edifícios das localidades atingidas.
Esta é uma forma encontrada pelo governo para gerar emprego nas regiões atingidas, já que serão efetuadas obras de demolição, construção de moradias populares e reformas de vias públicas.
O programa também prevê a restauração de áreas verdes e a recuperação de instituições de ensino. Fuentes-Alba assegurou que o plano começará a ser aplicado assim que receber o aval definitivo do governo. O comandante esclareceu ainda que os efetivos militares mobilizados para as tarefas de reconstrução não poderão exercer funções de manutenção da segurança e da ordem pública no período em que estiverem trabalhando no programa.
Ao anunciar o projeto, Fuentes-Alba informou também que atualmente 47% do orçamento do exército é destinado ao trabalho nas áreas destruídas pelo abalo sísmico, o que tem adiado os projetos programados desde 2008 para as celebrações do bicentenário da independência do país.
O exército informou que, “em coordenação com as autoridades nacionais”, permitiu que alguns soldados continuassem trabalhando na reconstrução “até o final do ano”, apesar de concluírem suas obrigações militares em maio. A concessão foi feita somente aos oficiais que solicitaram.
Fuentes-Alba também disse que o exército adotou as medidas “necessárias e proporcionais” para enfrentar a situação de calamidade durante todo o período de “estado de exceção” decretado pelo governo.
Hoje, ele celebrou os bons resultados obtidos com a missão das forças de segurança, um dia depois de o presidente chileno, Sebastián Piñera, encerrar o “estado de exceção” nas áreas devastadas.
O sismo que devastou o centro-sul do país no final de fevereiro alcançou 8,8 graus na escala Richter, provocando a morte de cerca de 450 pessoas e deixando milhares de desabrigados. Segundo estimativas do governo, os prejuízos devem chegar a 30 bilhões de dólares.
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