Fontes oficiais do exército egípcio afirmaram nesta quarta-feira (03/07) que, caso o presidente Mohamed Mursi não continue no cargo, as Forças Armadas vão preparar um processo de transição de “nove até 12 meses”. Neste período, dizem os militares, será redigida uma nova Constituição e serão convocadas eleições parlamentares e presidencial. Com a medida, além da suspensão da atual Constituição, Egito teria um governo provisório de um ano. As informações são do jornal Al-Ahram.
Agência Efe
16 pessoas morreram durantes os protestos contra Mursi na capital Cairo
Na noite de segunda-feira (01), as Forças Armadas deram a Mursi o prazo de 48 horas para que “satisfaça as reivindicações do povo” ou se submeta às medidas para resolver a crise, forçando um consenso com a oposição ao seu regime. O prazo se encerra hoje às 10 da manhã (horário de Brasília).
Mursi rejeitou na noite de ontem (02) o ultimato dos militares afirmando que a “legitimidade” é “a única garantia contra o derramamento de sangue”. “Fui eleito de forma legítima e estou disposto a defender o meu governo. Se for necessário derramar o meu sangue para garantir a legitimidade do meu, eu o farei”, disse em pronunciamento oficial
A imprensa egípcia declarou na manhã desta quarta-feira (03/07) que o mandato do presidente Mohamed Mursi acabou. Os meios de comunicação oficiais do governo não estão mais sob controle da Irmandade Muçulmana, que controla as emissoras desde o início do mandato Mursi. A estatal Al Ahra diz: “Renúncia ou destituição hoje”. Já o jornal privado Al Watan traz apenas a palavra “fim” em sua manchete.
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