As Forças Armadas egípcias fecharam neste domingo (07/07) as ruas que levam ao leste do Cairo, onde os islamitas fiéis ao presidente deposto Mohamed Mursi organizam protestos contra sua deposição, ocorrida na última quarta-feira (03).
Fontes do Exército informaram que a medida foi tomada para impedir que ocorram enfrentamentos entre simpatizantes e opositores a Mursi.
Os protestos organizados pelas forças islamitas, em sua maioria seguidores da Irmandade Muçulmana, estão convocadas na praça Rabea Adauiya e em frente à sede da Guarda Republicana, no leste da capital, onde os partidários acreditam que Mursi está retido.
As fontes acrescentaram que quem quiser participar dessas concentrações deverá deixar seu veículo antes dos postos militares e percorrer a pé as amplas avenidas que levam aos locais. Além disso, o Exército colocou blindados em torno ao quartel.
Agência Efe
Milhares de pessoas estão protestando no Egito, contra e a favor do presidente deposto Mohamed Mursi
Segundo a televisão estatal, os partidários de Mursi já haviam fechado previamente os acessos ao quartel-general da Guarda Republicana com pedras e barreiras de metal, e formaram “comitês populares” que se encarregam da segurança.
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Ao mesmo tempo, milhares de islamitas se dirigem rumo à praça An Nahda, junto à Universidade do Cairo, em Guiza, onde acontecerá outra das concentrações previstas para hoje.
Muitos dos presentes na praça são seguidores do predicador salafista radical Hazem Abu Ismail, que foi detido na sexta-feira (05) e permanecerá preso durante 15 dias por ordem da Procuradoria Geral.
Frente a esses protestos, o movimento “Tamarrud” (Rebelião) convocou para este domingo manifestações maciças em defesa do novo chefe de Estado, Adly Mansur, anteriormente presidente do Tribunal Constitucional Supremo.
“Tamarrud” informou via Facebook que organizará passeatas que se dirigirão em direção à praça Tahrir e aos palácios presidenciais de Itihadiya e Al Quba. Além disso, o grupo advertiu que qualquer outro protesto não será seu, mas de pessoas que “talvez queiram atacar os manifestantes”.
*Com Agência Efe