Terça-feira, 10 de junho de 2025
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O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, ordenou hoje (3) um ataque militar contra a Faixa de Gaza após o lançamento, nesta manhã, de um míssil do tipo Grad, contra a cidade portuária de Ashkelon, localizada nove quilômetros ao norte de Gaza. Segundo um porta-voz policial de Israel, o ataque não feriu ninguém, mas gerou pânico entre a população local.

O míssil caiu no centro da cidade, em uma estrada próxima a três edifícios, por volta das 7h (3h em Brasília), horário em que há grande movimentação de pessoas.

Ninguém assumiu a responsabilidade pelo ataque, porém, por se tratar de um Grad, arma usada pelo Hamas, o encarregado da segurança em Ashkelon, Shlomo Cohen, acusou o grupo palestino. O jornal israelense Haaretz informou hoje que a Inteligência de Israel atribuiu a autoria dos foguetes dessas últimas duas semanas a milícias da Faixa de Gaza que não respondem às ordens do Hamas, chamadas de Comitês de Resistência Popular. O Hamas anunciou ontem a possibilidade de trégua de um ano nas negociações.

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Olmert tomou a decisão de retomar as ações militares após uma reunião, nesta manhã, com os ministros das Relações Exteriores, Tzipi Livni, e da Defesa, Ehud Barak.    

Logo após o lançamento do foguete, a aviação israelense bombardeou um carro em Rafah, perto da fronteira de Gaza com o Egito. Na ação, um militante morreu e três ficaram feridos, de acordo com o relato de fontes médicas. As vítimas foram identificadas como membros das milícias palestinas.

Apesar da declaração de cessar-fogo, feita por Israel no dia 17 de janeiro, e a trégua unilateral anunciada pelo Hamas no dia seguinte, os ataques continuaram. O governo israelense vinha considerando as agressões como iniciativas isoladas, atribuídos a grupos independentes.

Desde o dia 17, três civis e um militante palestinos morreram e cerca de 30 foguetes atingiram Israel. Do lado israelense, um soldado foi morto após uma explosão ao norte de Gaza.

O Hamas exige a total reabertura das fronteiras e o fim do bloqueio econômico israelense, enquanto Israel quer participação internacional no combate ao contrabando de armas para Gaza.

Exército israelense retoma ações militares após lançamento de foguete

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